Objetivos da Lição 1:
I) Entender que o ser humano é
formado na sua origem por corpo, espírito e alma.
II) Ensinar a diferença entre espírito e alma com base nos termos originais, mostrando que ambos compõem a
parte imaterial do homem;
III) Conscientizar sobre a
importância da harmonia entre espírito, alma e corpo. Desequilíbrios em algumas
dessas áreas podem afetar as demais.
1.O homem foi criado, é
resultado de uma ação divina, pessoal e plural (Gn 1.26), completamente
diferente de como foram criados os vegetais, as aves e os demais irracionais (Gn 1.20-21,24,29-30).
2.O homem na sua formação é
constituído de uma modelagem sobrenatural — “do pó da terra” — e pelo sopro de
Deus em seus narizes (Gn 2.7). Do mais ordinário e do mais sublime.
3.O que define o ser humano
como único entre as criaturas?”.
a) Fomos criados à imagem e
semelhança do Criador.
b) Feito um pouco menor que os
anjos (Sl 8.3-9).
c) Ao homem deu Deus o governo
político-econômico sobre os recursos naturais e demais seres criados (Gn
1.26-30). Não inclui o homem sobre o homem.
4.Saúde espiritual saudável
envolve comunhão com Deus, santidade, sanidade e maturidade emocional. E para
tratar da alma:
“Todos os dias temos que tomar essa decisão. Tudo o que
alimentamos crescerá na nossa vida. O que quero alimentar: a sanidade-santidade
a que Deus me chama ou a vida do jeito que está? Cada um deve decidir por si
mesmo. Mas Deus nos chama a viver em santidade. Se não sararmos, ainda que
vamos para o céu (como aleijados emocionais), não viveremos o que Deus tem para
nós aqui na terra”.
Do livro
Saúde Emocional e Vida Cristã – De Esly Regina Carvalho. Editora Ultimato.
Primeira edição - Julho de 2002.
O homem na visão tricotômica é
composto de corpo, espírito e alma (Gn 2.7; Jó 7.11; I Ts 5.23; Hb 4.12).
Aliás, Deus é três em um, a
partir dele e na matriz da Criação.
Estados da matéria – Sólido,
líquido e gasoso.
Bases da matéria – Prótons,
elétrons e neutro.
Tempo – Passado, presente e
futuro.
Espaço – Altura, largura,
profundidade.
Música – Melodia, harmonia e ritmo.
I - A Tricotomia Humana
A doutrina do homem – Na Teologia
Sistemática, ela é conhecida como Antropologia Bíblica e tem por objeto de
estudo o homem desde sua origem, constituição e existência, considerando o
período anterior à Queda, o pecado original e suas consequências, o plano
redentor e a eternidade.
Aprendi que Filosofia faz
perguntas, alimenta-se de interrogações, mas a Teologia dá as respostas, em
última análise.
As perguntas intrigantes e
milenares como: Quem é o homem? De onde veio? Para onde vai? A Bíblia
responde.
A visão dicotômica – O
homem é constituído de duas partes, uma material, o corpo, a outra imaterial, a
alma ou espírito. Não tem o cuidado com as distinções entre o espírito e a alma
contidas nas Escrituras.
A Teologia utiliza o termo
“tricotomia” para tratar da constituição do ser humano: o corpo, espírito e alma.
Essas três substâncias, ou componentes do homem, são descritas tanto no Antigo
quanto no Novo Testamento (Dt 4.9; Sl 42.11; 139.16; Dn 7.15; Zc 12.1; Mt
10.28; Lc 1.46,47; I Co 14.14,15).
O próprio Jesus Cristo, o
Filho de Deus encarnado — plenamente homem e plenamente Deus — possuía essa
constituição (Lc 24.39; Jo 12.27; Lc 23.46).
“E formou o Senhor Deus o
homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida, e o homem foi
feito alma vivente” (Gn 2.7).
“vida”, em Gênesis 2.7,
é chayim (no plural), permitindo a expressão literal “fôlego das
vidas”. Em um único substantivo, o texto sagrado está referindo-se implicitamente
à vida do espírito humano, da alma humana e do corpo humano.
Observamos na composição do
homem uma combinação única e exclusiva no ato do Criador: O elemento físico (pó
da terra) com o elemento espiritual (o sopro divino), tornando o homem um ser
vivente, ou seja, com atributos de indivíduo, da personalidade do ser humano, diferente
de todos os demais.
Os anjos são seres
espirituais, porém sem corpo material (Sl 33.6; Hb 1.13,14).
Os animais não possuem a parte
imaterial que há no homem (espírito e alma). A “alma” do animal refere-se à
vida, porém se restringe ao corpo e se esvai com ele (Lv 17.12-14). Não possuem
a capacidade de relação pessoal, moral e espiritual com Deus.
Não tenha falsas esperanças –
Não encontrará os bichinhos de estimação no céu. E Totó? Também não!
II. A distinção entre alma e
espírito.
1. A alma, do
hebraico nephesh e do grego psyché, “alma” - É
uma das muitas palavras polissêmicas da Bíblia — possui vários significados.
Aparece 755 vezes somente no Antigo Testamento. Seu primeiro sentido é “ser
vivo”, como em Gênesis 1.20: “alma vivente”. Nesta acepção, reiterando a
palavra “alma” é usada também para os animais (Gn 1.24) e significa
simplesmente “vida”.
Distinção entre a alma humana e
a do animal - É evidenciada no processo criativo:
procedente do sopro de Deus (Gn 2.7), a alma do homem constitui uma substância
espiritual, incorpórea, invisível e imortal (Dn 12.2; Mt 25.46; Lc 16.22-25; Ap
20.4). É dotada de razão, sentimento e vontade — atributos dados por Deus ao
homem para o exercício de sua missão – governo político-econômico (Gn 1.28) e
capacitado para se relacionar com o Criador e com os semelhantes (Gn 2.15-24;
3.8; Mt 22.34-40). E tudo decorre do fato de o homem ser um ser pessoal, moral
e espiritual criado à imagem de Deus (Gn 1.26).
2.O espírito, do
hebraico ruah e do grego pneuma – O espírito
do homem provém de Deus e constitui sua principal dimensão. É por meio dele que
mantemos nossa comunhão com o Criador, o Pai dos espíritos, e o adoramos (Hb
12.9; Jo 4.23,24). Junto com a alma, e inseparável dela, compõe a parte
imaterial do ser humano. É o “homem interior” que, na linguagem do apóstolo
Paulo, aparece algumas vezes em contraste direto com o corpo, o homem exterior
(Rm 7.22-25; 2Co 4.16-18; Ef 3.16-19).
O pastor Antônio Gilberto, explicita:
“à luz das Escrituras, o espírito é a fonte da vida recebida de Deus. O
espírito usa e transmite essa vida à alma, que, por sua vez, a expressa por
meio do corpo, utilizando seus sentidos físicos para explorar o mundo exterior
e dele receber as necessárias impressões”.
III. A interação das três
dimensões.
1.Corpo, afetos e somatização - O
corpo (gr. sōma) é a parte material do ser humano, por meio da qual
comumente manifestamos os atributos da alma e do espírito.
A partir do século XX, as
doenças psicossomáticas foram identificadas, atestando que muitos problemas físicos
decorrem de crises da alma e do espírito, inclusive por causa da problemática
do pecado (Sl 31.9-10; 32.1-5).
Equilíbrio e saúde – Hoje
é certeza de que o corpo padece por causa de disfunções da alma e do espírito,
estes também sofrem por problemas do corpo — naturais ou não.
A língua é um dos membros que
mais produzem angústias ao ser humano (Pv 18.7,21; 21.23). Tem o nefasto poder
de contaminar a pessoa por inteiro (Tg 3.6). Na verdade, ela externa expressões
da alma.
Um viver santo e equilibrado
requer um ser disciplinado no espírito pelo Espírito, preservando corpo, alma e
espírito de toda a espécie de males, o que inclui cuidados físicos e
relacionais saudáveis (Cl 3.5-9; Ef 4.25-32; 6.18).
Quando o problema tem origem
espiritual — Crises produzidas por pecados não confessados,
medicamentos não resolvem; no máximo, aliviam os sintomas. Arrependimento e
abandono do pecado são essenciais para a verdadeira cura da alma (Cl 3.8; Ef
4.31; Tg 4.6-10; 2Cr 7.14; Is 53.4,5).
Psicologia – Uma ciência
humana - Em média a cada 4 anos, bases teóricas da Psicologia
evoluem pelo avanço tecnológico, bem como pelas transformações e novas
descobertas humanas, isto é, verdades deixam de ser verdade, perdem significado, diferente do manual do
fabricante/ Criador, a Palavra de Deus.
Conclusão
1.No Gênesis, o homem a coroa
da Criação, tem origem no corpo, espírito e alma. O sopro divino elevou o homem
à alma vivente (Gn 2.7).
2.Por causa da queda, no
reencontro e na relação do homem com Deus, consubstancia-se na ordem espírito,
alma e corpo (I Ts 5.23).
3.As três dimensões do homem ora
em estudo, embora integradas, são distintas. Daí, ensinarmos a tricotomia
bíblica olhando para a totalidade do ser.
4.Cuidado com a psicologização
da fé, do evangelho dependente da Psicologia. Aliás, na Psicologia o homem é
objeto de estudo na área da alma (vontade, emoções, razão), no espiritual é
cega. Eis porque, via de regra, o homem é sempre vítima. Alguém é culpado,
menos o paciente.
Fontes da pesquisa:
Lição EBD/CPAD – 4º trimestre
de 2025.
Bíblia Sagrada.
Anotações de estudos pessoais.
Por Samuel Pereira de Macedo
Borges
Natal/RN, 04/10/2025.
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