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sábado, 18 de outubro de 2025

Quem foi Eva Perón?

 

“Eva Perón nasceu pobre. Era filha ilegítima, cresceu numa família humilde do interior da Argentina e enfrentou desde cedo o desprezo da elite. Mas tinha algo que poucos tinham: uma determinação quase furiosa. Quando se mudou para Buenos Aires, ainda adolescente, foi tentar a vida como atriz. E conseguiu. Só que o destino dela seria muito maior que os palcos.

Em 1944, conheceu o coronel Juan Domingo Perón, um homem ambicioso, carismático e que falava a língua do povo. 

Um ano depois, os dois já eram o casal mais poderoso da Argentina. Ele, o presidente; ela, a primeira-dama, mas uma primeira-dama diferente de tudo o que o país já tinha visto. Evita não se limitava a sorrisos protocolares nem a vestidos elegantes. Ela descia às ruas, falava com operários, distribuía ajuda aos pobres, criava fundações, e enfrentava, de cabeça erguida, a elite que a odiava por ser mulher, por ser popular e, principalmente, por ser perigosa.

Faleceu em 26 de julho de 1952, aos 33 anos, vítima de um câncer no útero, o país mergulhou em comoção. Para o povo, Evita era uma santa. Para os militares e aristocratas, uma ameaça.  Seu corpo foi embalsamado com um cuidado quase religioso pelo doutor Pedro Ara, que o tratou para que parecesse vivo. A ideia era colocá-lo num monumento monumental, o “Monumento dos Descamisados”, onde o povo pudesse visitá-la para sempre. Mas o tempo não deu tempo.

Em 1955, Juan Perón foi derrubado por um golpe militar e tudo o que lembrava Evita passou a ser visto como perigoso. O novo regime queria apagar o passado, destruir o peronismo e acabar com o culto àquela mulher que continuava viva na memória do povo. Só que havia um problema: o corpo dela ainda estava lá. Um corpo que, mesmo morto, representava uma ameaça.

Então os militares decidiram resolver o problema do jeito mais sombrio possível: roubaram o cadáver. Literalmente. Retiraram o corpo embalsamado de onde estava guardado, na sede da Confederação Geral do Trabalho e o esconderam. Ninguém sabia para onde ele tinha ido.

Durante quase dezesseis anos, o corpo de Evita virou um fantasma político. Circulou por lugares improváveis, passando de mãos em mãos, escondido em caminhões militares, em apartamentos particulares e até em embaixadas. Há relatos de que o corpo foi profanado, danificado, maltratado com buracos de tiros, como se o medo e o ódio que ela despertava em vida ainda continuassem depois da morte.

Em 1957, ele acabou enterrado secretamente num cemitério em Milão, na Itália, sob um nome falso: María Maggi de Magistris. O objetivo era simples e cruel: Fazer Evita desaparecer da história argentina.

Mas o tiro saiu pela culatra. O mistério em torno do desaparecimento do corpo só aumentou o mito. Evita virou uma lenda, uma presença que assombrava a consciência política do país.

Em 1973, quando *Perón voltou do exílio, já velho e cansado, os militares devolveram o corpo como parte de um acordo. Ele levou os restos mortais de Evita para a Espanha, e mais tarde, após sua própria morte, ela finalmente retornou à Argentina, onde foi sepultada no Cemitério da Recoleta, em Buenos Aires.

Hoje, o corpo repousa ali, dentro de um túmulo fortificado, protegido por várias camadas de metal e concreto, como se ainda houvesse medo de que alguém tentasse, de novo, apagar sua história.

É curioso pensar que uma mulher morta pôde causar tanto pavor a homens armados. O corpo de Evita foi roubado, escondido, profanado, e ainda assim sobreviveu; não por causa da carne ou dos ossos, mas porque um símbolo não se enterra. Podem tentar apagar uma pessoa, mas não conseguem sepultar uma ideia que o povo decidiu guardar. E talvez esse tenha sido o verdadeiro milagre de Eva Perón: Continuar viva, mesmo depois da morte”.

Nota do Blog – Há quem conte que era vaidosa, com muitas peças de roupas e calçados, ou se cuidava como mulher com autoestima acima da média?  Divergem as opiniões, porém fica evidente, politicamente incomodou a elite da época.

*Juan Domingo Perón (1895-1974) foi um militar e político argentino, e presidente da Argentina por três mandatos: de 1946 a 1952, de 1952 a 1955 e de 1973 a 1974.

Cônjuges: Aurélia Tizón (de 1929 a 1938), Eva Perón (de 1945 a 1952), María Estela Martínez de Perón (de 1961 a 1974).

Iraci Fagundes de Souza - “Sou uma admiradora desta mulher! Quando somos fortes incomodamos até depois da morte”.

Jorge Assis – “Na verdade a história não é bem assim! Que ela tenha sido um mito, tudo bem, mas, para chegar ao poder fez algumas peripécias não convencionais. Foi uma esbanja "very expensive" procurem a verdadeira história dessa senhora, não do mito”.

Enfim, o narrador não se dispões julgar a história.

Fontes da pesquisa:

Facebook do Fagner Oliveira – Pesquisa em 18/10/2025.

Wikipedia.org. – Pesquisa em 18/10/2025.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 18/10/2025.

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