“Eva Perón nasceu pobre. Era filha ilegítima, cresceu numa
família humilde do interior da Argentina e enfrentou desde cedo o desprezo da
elite. Mas tinha algo que poucos tinham: uma determinação quase furiosa. Quando
se mudou para Buenos Aires, ainda adolescente, foi tentar a vida como atriz. E
conseguiu. Só que o destino dela seria muito maior que os palcos.
Em 1944, conheceu o coronel Juan Domingo Perón, um homem
ambicioso, carismático e que falava a língua do povo.
Um ano depois, os dois já
eram o casal mais poderoso da Argentina. Ele, o presidente; ela, a
primeira-dama, mas uma primeira-dama diferente de tudo o que o país já tinha
visto. Evita não se limitava a sorrisos protocolares nem a vestidos elegantes.
Ela descia às ruas, falava com operários, distribuía ajuda aos pobres, criava
fundações, e enfrentava, de cabeça erguida, a elite que a odiava por ser
mulher, por ser popular e, principalmente, por ser perigosa.
Faleceu em 26 de julho de 1952, aos 33 anos, vítima de um
câncer no útero, o país mergulhou em comoção. Para o povo, Evita era uma santa. Para os militares e
aristocratas, uma ameaça. Seu corpo foi
embalsamado com um cuidado quase religioso pelo doutor Pedro Ara, que o tratou
para que parecesse vivo. A ideia era colocá-lo num monumento monumental, o
“Monumento dos Descamisados”, onde o povo pudesse visitá-la para sempre. Mas o
tempo não deu tempo.
Em 1955, Juan Perón foi derrubado por um golpe militar e tudo
o que lembrava Evita passou a ser visto como perigoso. O novo regime queria apagar
o passado, destruir o peronismo e acabar com o culto àquela mulher que
continuava viva na memória do povo. Só que havia um problema: o corpo dela
ainda estava lá. Um corpo que, mesmo morto, representava uma ameaça.
Então os militares decidiram resolver o problema do jeito
mais sombrio possível: roubaram o cadáver. Literalmente. Retiraram o corpo
embalsamado de onde estava guardado, na sede da Confederação Geral do Trabalho
e o esconderam. Ninguém sabia para onde ele tinha ido.
Durante quase dezesseis anos, o corpo de Evita virou um
fantasma político. Circulou por lugares improváveis, passando de mãos em mãos,
escondido em caminhões militares, em apartamentos particulares e até em
embaixadas. Há relatos de que o corpo foi profanado, danificado, maltratado com
buracos de tiros, como se o medo e o ódio que ela despertava em vida ainda
continuassem depois da morte.
Em 1957, ele acabou enterrado secretamente num cemitério em
Milão, na Itália, sob um nome falso: María Maggi de Magistris. O objetivo era
simples e cruel: Fazer Evita desaparecer da história argentina.
Mas o tiro saiu pela culatra. O mistério em torno do
desaparecimento do corpo só aumentou o mito. Evita virou uma lenda, uma
presença que assombrava a consciência política do país.
Em 1973, quando *Perón voltou do exílio, já velho e cansado,
os militares devolveram o corpo como parte de um acordo. Ele levou os restos
mortais de Evita para a Espanha, e mais tarde, após sua própria morte, ela
finalmente retornou à Argentina, onde foi sepultada no Cemitério da Recoleta,
em Buenos Aires.
Hoje, o corpo repousa ali, dentro de um túmulo fortificado,
protegido por várias camadas de metal e concreto, como se ainda houvesse medo
de que alguém tentasse, de novo, apagar sua história.
É curioso pensar que uma mulher morta pôde causar tanto pavor
a homens armados. O corpo de Evita foi roubado, escondido, profanado, e ainda
assim sobreviveu; não por causa da carne ou dos ossos, mas porque um símbolo
não se enterra. Podem tentar apagar uma pessoa, mas não conseguem sepultar uma
ideia que o povo decidiu guardar. E talvez esse tenha sido o verdadeiro milagre
de Eva Perón: Continuar viva, mesmo depois da morte”.
Nota do Blog – Há quem conte que era vaidosa, com muitas
peças de roupas e calçados, ou se cuidava como mulher com autoestima acima da
média? Divergem as opiniões, porém fica
evidente, politicamente incomodou a elite da época.
*Juan Domingo Perón (1895-1974) foi um militar e político
argentino, e presidente da Argentina por três mandatos: de 1946 a 1952, de 1952
a 1955 e de 1973 a 1974.
Cônjuges: Aurélia Tizón (de 1929 a 1938), Eva Perón (de
1945 a 1952), María Estela Martínez de Perón (de 1961 a 1974).
Iraci Fagundes de Souza - “Sou uma admiradora desta mulher!
Quando somos fortes incomodamos até depois da morte”.
Jorge Assis – “Na verdade a história não é bem assim! Que ela
tenha sido um mito, tudo bem, mas, para chegar ao poder fez algumas peripécias
não convencionais. Foi uma esbanja "very expensive" procurem a
verdadeira história dessa senhora, não do mito”.
Enfim, o narrador não se dispões julgar a história.
Fontes da pesquisa:
Facebook do Fagner Oliveira – Pesquisa em 18/10/2025.
Wikipedia.org. – Pesquisa em 18/10/2025.
Por Samuel
Pereira de Macedo Borges
Natal/RN,
18/10/2025.


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