Texto: I Tm 6.6-10; Mt 6.19-21, 24-34; Ec 5.9-12; Pv 28.20
Introdução: A Bíblia fala-nos de dinheiro e bens materiais, muito mais do que sabemos ou pensamos. O financista Howard Dayton encontrou cerca de 500 versículos sobre a oração e mais de 2.350 a respeito de como lidar o dinheiro e bens materiais. Na área da família, há quem considere três fatores de sustentação do casamento. São eles: sexo, amor e finanças/dinheiro. Obviamente, com Deus no centro... Muitas vezes achamos que se tivéssemos mais dinheiro, esta seria a solução. Outros estão preocupados em fazer render mais seus capitais. A verdade é que dinheiro e bens não são neutros. Muitos estão controlados pelo dinheiro. E poucos tem domínio sobre ele...
I – FINANÇAS E O CONTEXTO SÓCIO-ECONÔMICO.
1. Estamos em um país de subempregos e com má distribuição de renda.
2. Há uma massa populacional é desqualificada.Portanto, de baixos salários.
3. Com a estabilização econômica veio a oportunidade de compras a prazo. Crédito fácil, e com isso muita gente está atolada em dívidas.
4. Só o governo se serve da inflação oficial. O trabalhador - queda do poder de compra.
5. Temos que reconhecer o quanto avançamos em Direito do Trabalho. Nada mais justo. Melhora o item 1.
6. Temos a nossa volta - má administração pública, corrupção, injustiças e misérias sociais, subempregos. Pior, desempregados.
7. O mercado é capitalista e excludente. Quem passou pela vida e não se fez, só resta a janela da esperança do céu, para viver melhores dias. O mercado não perdoa. A palavra de ordem hoje é empregabilidade.
II – FINANÇAS e DISCIPLINA.
1. A indisciplina é um dos maiores agentes desagregadores de qualquer instituição. “O indisciplinado corre o risco de sepultar a própria vida”.
2. Em tese a questão não é ganhar muito e sim administrar bem o que se ganha.
3. Você conhece pessoas que ganham pouco e vivem bem? Ou que ganham bem e vivem mal? (O exemplo da liderança I Tm 3.4-5).
4. “O orçamento é um instrumento que possibilita antever a necessidade de disponibilidade para suprimento” – Sara Biava. Lc 14.28
5. A compulsão leva a adquirir o que não precisa e gastar o que não tem.
6. Cuidado com o consumismo e a indução das propagandas.
7. A disciplina leva ao respeito dos limites financeiros
8. Na família, nem esposa nem filhos deve exigir o que pai não pode dá. Ele também, não pode fazer o que quiser do salário, sem concordar com a esposa e até gastando egoisticamente.
9. O coroamento da disciplina financeira é a reserva de recursos para os imprevistos. Ec 7.12
Pitágoras
“O domínio sobre si mesmo é uma das maiores perfeições do homem ideal”- Hérbert Spencer
III – SANEAMENTO FINANCEIRO FRENTE ÀS DÍVIDAS.
1. A dívida é a obrigação de pagar de volta o dinheiro que tomamos emprestado, com fins de adquirir um bem material, uma experiência para a qual não havia recursos disponíveis, mas crédito, sim.
2. A Bíblia não proíbe contrair dívidas. Contudo, a maior parte das Escrituras que se referem a dívidas são avisos de cautela ou tratam da solução dos problemas que a dívida cria. A dívida é desaconselhada (Pv 22.7). Poupar é o oposto de dever, é encorajada.
3. Disciplina financeira começa com o ato de investir no Reino de Deus.
“Crente enrolado em dívidas é crente sob a disciplina de Deus, que precisa fazer um pacto de fidelidade com o Senhor, pela fé.”
Pr. Oswaldo Ramos.
Pr. Oswaldo Ramos.
4. Como ser disciplinado, vivendo de um subemprego? Lc 16.2,10; Mt 25.23
5. “Ganhe pouco a pouco, poupe 10%, dê 10% ou mais e evite dívidas.” Patrick M. Morley
6. Tens perspectiva de fé para crescer economicamente? seja no seu negócio próprio? Mudança de emprego? Uma segunda fonte de renda?Estudando mais para enfrentar o mercado de trabalho?
7. É um grande risco assumir qualquer compromisso, dependendo de terceiros. Exemplo: negócios casados, a fiança, o aval...Bom é ter um plano “B”.
1. Priorizar objetivos comuns/familiares.
2. Moderar gastos eventuais( presentes, restaurantes, lazer...)
3. Evitar os gastos supérfluos( Is 55.2; Lc 15.13-14).
4. Eliminar desperdícios.
5. Evitar dívidas. (Rm 13.8).
6. A equação ideal = Despesas + investimentos + poupança = 90% da receita
CONCLUSÃO DISCURSSIVA:
1) Seu cônjuge pensa em segunda renda, visando a família?
2) Percebemos que as dívidas e suas pressões no casamento são sintomas de desequilíbrio financeiro?
3) É justificável ser mal pagador, porque ganha pouco?
4) Os cônjuges que trabalham somam as rendas e estabelecem prioridades em família? Ou é cada por si e Deus por todos?
5) Você sabe quanto o seu cônjuge ganha? Acordam em dizimar?
6) A mesada dos filhos não seria uma boa oportunidade de ensiná-los a lidar com o dinheiro, tanto na área espiritual, como material? E o pior, há filhos tão reprimidos nesta área, que terminam pegando no alheio. E para as esposas que não trabalham?
7) O casal que administra finanças, gera espaço e valorização do companheiro, evita reclamações e divide responsabilidades.
8) Será que sabemos distinguir gastos de investimentos?
9) Na sua vida familiar conseguem controlar o dinheiro ou ele lhes controla?
10) Evite interferências internas e externas, cumpra o orçamento proposto.
Subsídios:
a) A dívida é, geralmente, um sintoma de uma vida consumista.
b) Textos chaves em provérbios: Pv 13.7; 22.7; 28.6,20
c) “O problema do dinheiro é que ele faz a gente fazer coisas que não queremos fazer” - Wall Street.
d) Obtemos dinheiro de quatro maneiras:
1. Damos nosso trabalho em troca dele;
2. Alugamo-lo a outrens;
3. Contratamos outros e auferimos lucro com o seu trabalho;
4. Corremos riscos calculados para ganhar dinheiro.(aplicação financeira, comércio...).
e) Onde os bens se multiplicam, multiplicam-se os que comem dele. Ec 5.11
“O nome é o primeiro dos patrimônios do homem, a base de seu crédito, o nervo de força, o estojo do seu trabalho, a herança de sua prole, a última consolação de sua alma.”
Rui Barbosa(1849-1923)
Rui Barbosa(1849-1923)
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