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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Família e Finanças



Texto: I Tm 6.6-10; Mt  6.19-21, 24-34;  Ec 5.9-12; Pv 28.20
Introdução: A Bíblia fala-nos de dinheiro e bens materiais, muito mais do que sabemos ou pensamos.  O financista  Howard  Dayton encontrou cerca de 500 versículos sobre a oração e mais de 2.350 a respeito de como lidar o dinheiro e bens materiais. Na área da família, há quem considere três fatores de sustentação do casamento. São eles: sexo, amor e finanças/dinheiro.  Obviamente, com Deus no centro... Muitas vezes achamos que se tivéssemos mais dinheiro, esta seria a solução.  Outros estão preocupados em fazer render mais seus capitais. A verdade é que dinheiro e bens não são neutros. Muitos estão controlados pelo dinheiro. E poucos tem domínio sobre ele...

 I – FINANÇAS E O CONTEXTO SÓCIO-ECONÔMICO.

1. Estamos em um país de subempregos e com má distribuição de renda.
2. Há uma  massa  populacional  é desqualificada.Portanto, de baixos salários.
3. Com a estabilização econômica veio a oportunidade de compras a prazo. Crédito fácil, e com isso muita gente está atolada em dívidas.
4. Só o governo se serve da inflação oficial. O trabalhador - queda do poder de compra.
5. Temos que reconhecer o quanto avançamos em Direito do Trabalho. Nada mais justo. Melhora o item 1.
6. Temos a nossa volta - má administração pública, corrupção, injustiças e misérias  sociais, subempregos. Pior, desempregados.
7. O mercado é capitalista e excludente.  Quem passou pela vida e não se fez, só resta a janela da esperança do céu, para viver melhores dias.  O mercado não perdoa. A palavra de ordem hoje é empregabilidade.

II – FINANÇAS e  DISCIPLINA.

1.  A indisciplina é um dos maiores agentes desagregadores de qualquer instituição. “O indisciplinado corre o risco de sepultar a própria vida”.
2.  Em tese a questão não é ganhar muito e sim administrar bem o que se ganha.
3.  Você conhece pessoas que ganham pouco e vivem bem? Ou que ganham bem e vivem mal? (O exemplo da liderança I Tm 3.4-5).
4.  “O orçamento é um  instrumento que possibilita antever a necessidade de disponibilidade para suprimento” – Sara Biava. Lc 14.28
5.  A compulsão  leva a adquirir o que não precisa e gastar o que não tem.
6.  Cuidado com o consumismo  e a   indução das propagandas.
7.  A disciplina leva ao respeito  dos  limites financeiros
8.  Na família,  nem esposa nem filhos  deve  exigir  o que pai não pode dá.  Ele  também, não pode fazer o que quiser do salário, sem concordar com a esposa e até  gastando egoisticamente. 
9. O coroamento da disciplina financeira é a reserva de recursos para os imprevistos. Ec 7.12

“Não é livre aquele que não obteve domínio sobre si próprio”     
                                                         Pitágoras
“O domínio sobre si mesmo é uma das maiores perfeições do homem ideal”- Hérbert Spencer
  
III – SANEAMENTO FINANCEIRO FRENTE ÀS DÍVIDAS.
1. A dívida é a obrigação de pagar de volta o dinheiro que tomamos emprestado, com fins de adquirir um bem material, uma experiência para a qual não havia recursos disponíveis, mas crédito, sim.
2. A Bíblia não proíbe contrair dívidas. Contudo, a maior parte das Escrituras que se referem a dívidas  são avisos de cautela ou tratam da solução dos problemas que a dívida cria. A dívida é desaconselhada (Pv 22.7). Poupar é o oposto de dever, é encorajada.
3. Disciplina financeira começa com o ato de investir no Reino de Deus.
  “Crente enrolado em dívidas é crente sob a disciplina de Deus, que precisa fazer um pacto de fidelidade com o  Senhor, pela  fé.” 
                                                     Pr. Oswaldo Ramos.
4. Como ser disciplinado, vivendo de um subemprego? Lc 16.2,10; Mt 25.23
5. “Ganhe pouco a pouco, poupe 10%, dê 10% ou mais e evite dívidas.” Patrick M. Morley 
6. Tens perspectiva de fé para crescer economicamente? seja no seu negócio próprio? Mudança de emprego? Uma segunda fonte de renda?Estudando mais para enfrentar o mercado de trabalho?
7. É um grande risco assumir qualquer compromisso, dependendo de terceiros. Exemplo: negócios casados, a  fiança, o aval...Bom é ter um plano “B”.
 IV – FUNDAMENTOS ORÇAMENTÁRIOS.
1.    Priorizar objetivos comuns/familiares.
2.    Moderar gastos eventuais( presentes, restaurantes, lazer...)
3.    Evitar os gastos supérfluos( Is 55.2; Lc 15.13-14).
4.    Eliminar desperdícios.
5.    Evitar dívidas. (Rm 13.8).
6.   A equação ideal =  Despesas + investimentos + poupança = 90% da receita

CONCLUSÃO DISCURSSIVA:

1)  Seu cônjuge pensa em segunda renda, visando a família?
2) Percebemos que as dívidas e suas pressões no casamento são sintomas de desequilíbrio financeiro?
3)  É justificável ser mal pagador, porque ganha pouco?
4) Os cônjuges que trabalham somam as rendas e estabelecem prioridades  em família? Ou é cada por si e Deus por todos?
5) Você sabe quanto o seu cônjuge ganha? Acordam em dizimar?
6) A mesada dos filhos não seria uma boa oportunidade de ensiná-los a lidar com o dinheiro, tanto na área espiritual, como material? E o pior, há filhos tão reprimidos nesta área, que terminam pegando no alheio. E para as esposas que não trabalham?
7) O casal que administra finanças, gera espaço e valorização do companheiro, evita reclamações e divide responsabilidades.
8)  Será que sabemos distinguir gastos de investimentos?
9)  Na sua vida familiar conseguem controlar o dinheiro ou ele lhes controla?
10) Evite interferências internas e externas, cumpra o orçamento       proposto.  
  
Subsídios:

a) A dívida é, geralmente, um sintoma de uma vida consumista.
b) Textos chaves em provérbios: Pv 13.7; 22.7; 28.6,20
c) “O problema do dinheiro é que ele faz a gente fazer coisas que não queremos fazer” -  Wall Street.
d) Obtemos dinheiro de quatro maneiras:
1. Damos nosso trabalho em troca dele;
2. Alugamo-lo a outrens;
3. Contratamos outros e auferimos lucro com o seu trabalho;
4. Corremos riscos calculados para ganhar dinheiro.(aplicação financeira, comércio...).
e) Onde os bens se multiplicam, multiplicam-se os que comem dele. Ec 5.11

“O nome é o primeiro dos patrimônios do homem, a base de seu crédito, o nervo de força, o estojo do seu trabalho, a herança de sua prole, a última consolação de sua alma.”

                                             Rui Barbosa(1849-1923)

 Spmb/Setembro 2011

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