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domingo, 25 de setembro de 2011

Refugiados Palestinos! É insolúvel?


1. Desde 1950, a ONU destinou 1,5bilhões de dólares da Agência das Nações Unidas para Auxílio dos Refugiados Palestinos (UNRWA) para socorrer os refugiados palestinos. O que se sabe é que grande parte desses recursos, foram desviados por Arafat para o terrorismo contra Israel.

2. Um pesquisador e escritor árabe, membro do Conselho Nacional Palestino, reconheceu: “Os judeus dos países árabes foram expulsos de seus antigos lares...vergonhosamente deportados depois de suas propriedades terem sido requisitadas para fins militares ou desapropriadas por preço vil...estes fatos ocorreram com a maioria de judeus, quando explodiu a guerra de 1948. A propósito, fiz menção aos refugiados judeus, pois só se fala na mídia dos palestinos. Agora, Israel assistiu os seus, mesmo sem apoio internacional.

3. Como o fez Israel? Já administrava o desafio de assistir seiscentos e cinquenta mil colonos, Israel incorporou quase setecentos mil refugiados em sua vida normal naquele diminuto país cercado, enquanto enfrentavam constantes ataques dos exércitos árabes. Entretanto, os países árabes, com uma área cerca de setecentas vezes maior  e imensas reservas de petróleo, se recusaram a absorver quinhentos mil refugiados palestinos.

4. Em 31 de maio de 1956, Ahmed Shukairy declarou ao Conselho de Segurança da ONU:”todo mundo sabe que a Palestina não é nada senão o Sul da Síria. Oito anos depois, em 1964, Shukaiyr tornou-se o presidente fundador da Organização Para Libertação da Palestina e cunhou o lema infame:”Empurraremos os judeus para dentro do mar”. E ele nem sequer era “palestino”! Assim com Arafat, Shukariy nasceu no Cairo – Egito. A OLP não foi fundada (1964) por palestinos e sim por Gamal Abdel Nasser, presidente do Egito,  mas tem sido usada para tirar partido desse povo maltratado, na guerra entre o Islã e Israel. Esta é a causa, o verdadeiro impasse de todo o conflito entre palestinos e judeus.

5. Declaração do rei Hussein, da Jordânia, afirmou em 1960: ”Desde 1948, líderes árabes têm usado o povo palestino com propósitos políticos egoístas. Isso é ridículo, e eu diria até criminoso.”

6. Em suas memórias, publicadas em 1972, o primeiro ministro da Síria após a guerra de 1948, Khaled Al-Azem, lamentou o que os líderes árabes tinham  feito: Desde 1948, somos nós que exigimos o retorno dos refugiados, embora tenhamos sido nós mesmos que os fizemos sair...trouxemos o desastre para os refugiados árabes quando os convidamos e fizemos pressão sobre eles para que saíssem....nós os desapropriamos..Nós os acostumamos à mendicância...tivemos participação no rebaixamento de seu nível  moral e social....e depois os exploramos na execução de homicídios, incêndios, criminosos e lançamento de  bombas sobre homens, mulheres e crianças – e tudo isso para  servir a propósitos políticos...

7. Ano 1977, a Síria precisou de muita gente, para desenvolver terras cultiváveis, com assistência tecnológica americana. Eles dariam valiosos pedaços de terra da Síria a qualquer um que estivesse disposto a cultivá-los. Joan Peters, perguntando a vários funcionários sírios: ”Por que vocês não dão terras aos árabes palestinos que queiram aceitar seu oferecimento? “ A resposta era sempre a mesma: Daremos a terra a qualquer um – nigerianos, coreanos, americanos...qualquer um que venha – exceto aos palestinos! Precisamos manter seu ódio voltado contra Israel.

8. Em 7 e 8 de junho de 2004, delegados de 90 países, “cuidando das necessidades humanitárias dos refugiados palestinos”...em nome da comunidade internacional, firmaram compromisso  de dar apoio aos quatro milhões de refugiados espalhados pelo Oriente Médio. A Conferência foi patrocinada pela Agência Suíça de Desenvolvimento e Cooperação, presidida por seu diretor, o embaixador suíço Walter Fust. O fato notável foi a ausência de qualquer menção e preocupação com os mais de oitocentos e cinquenta mil refugiados judeus que fugiram dos países muçulmanos em 1948, forçosamente deixando para trás patrimônios, conquistas para escapar com vida.

9. O Islã e seu Alá são notoriamente conhecidos pelo ódio a Israel e todos os judeus. Obviamente, Alá não é o Deus da Bíblia. Debaixo das promessas das Escrituras Israel é nação e povo indestrutível. Os palestinos carecem de um território, são nossos semelhantes.

10. Então, os refugiados palestinos são cria dos árabes. Assim disseram:” saiam da zona de conflito, pois vamos empurrar os judeus para dentro do Mediterrâneo, depois vocês retornam”. O maior impasse não é entre palestinos e israelenses, e sim entre o islã e Israel. O que está declarado no Estatuto da OLP e outras entidades do mundo árabe é a extinção de Israel. Os acordos são falácias. O socorro final para Israel virá de cima e não da terra.

      Fonte: livro, o Dia do Juízo – O Islã, Israel e as Nações – Dave Hunt

A origem do nome Palestina



 1. Quando estudamos os três ícones históricos do Antigo Testamento – Abraão, Isaque e Jacó, vamos também encontrar as origens da Terra de Canaã, onde seus descendentes viveram durantes séculos, há cerca de quatro mil anos. Israel começou a sofrer o Tempo dos Gentios (perda de governo sobre seu território para os gentios), a partir de 732 a. C, Cativeiro Assírio – 722 a.C, o Babilônico começando em  605 a.C e se concretizando plenamente em 586 a. C.
2. A antiga terra de Canaã e seus habitantes estão identificados de forma inequívoca, tanto na Bíblia quanto nos registros arqueológicos. Canaã nunca foi prometida aos árabes e eles nunca viveram ali. Os primitivos habitantes de Canaã eram os queneus, os quenezeus, os cadmoneus, os heteus, os ferezeus,os refains, os amorreus, os cananeus, os girgaseus e os jubseus. (Gn 15.19-21).
3. Quando os israelitas retornam do Cativeiro Egípcio, depois de 400 anos (fato que atesta serem os herdeiros da promessa), eles executaram o juízo de Deus sobre aqueles povos ímpios, perversos, conquistando Canaã como Deus ordenou...Pela maldade destas gerações é que o Senhor as lança de diante de ti. Não por causa da tua justiça (Dt 9.4-5). Canaã tornou-se Israel e foi chamada assim por mais de mil e quinhentos anos.
4. Hoje, a maioria dos povos e até os judeus a chamam de Palestina. Tem sido assim há séculos. Agora, como surgiu esse nome?
5. Por volta de 132 d. C, os romanos que haviam dizimado Jerusalém no ano 70 de nossa era, começaram a reconstruí-la para o imperador Adriano, para ser uma cidade pagã para ele e para júpiter. E no Monte do Templo começaram a construir um tempo dedicado a Júpiter, deus da mitologia romana. Os judeus se rebelam tentando impedir a profanação. Através do líder Simão Bar Kochba, que muitos acreditam ser o Messias.
De início a revolta teve sucesso. Mas, Roma enviou mais legiões de soldados, destruiu quase mil aldeias, matou cerca de quinhentos mil judeus e escravizou outros milhares. Quando a rebelião foi finalmente esmagada em 135 d. C, os romanos indignados trocaram o nome da terra de Israel para Província Síria-Palestina, homenageando os antigos inimigos de Israel, os filisteus. Daquela época em diante, todos os que viviam ali passaram a ser conhecidos como “palestinos”.
6. Na segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha tinha uma brigada de voluntários conhecida como “A Brigada Palestina”. Ela era composta exclusivamente de judeus. Os árabes estavam lutando ao lado de Hitler. E ele havia prometido, além da destruição dos judeus, liberdade e independência de todos os estados árabes, em troca da ajuda.

Quem  são os “palestinos”?

1. Os que afirmam hoje ser palestinos são árabes por nascimento, língua, religião islâmica e cultura. Seus pais e avós “palestinos” imigraram dos países árabes vizinhos, atraídos pela prosperidade que estava sendo gerada com o retorno dos judeus à sua antiga Terra Prometida. A ONU definiram o termo “palestino” como sendo todo indivíduo que tivesse vivido ali por pelo menos dois anos. Só que foi extensiva aos árabes, mas não aos judeus, embora tivessem vivido na “Palestina”.
2. No final do século XIX, a população de Jerusalém era cerca de 40 mil pessoas, em sua maioria, judeus. O restante era composto de cristãos de várias linhas e só alguns árabes.
3. Até 1950, os árabes não aceitavam ser chamados de palestinos e declaravam que se, tal povo existisse, ele seria o judeu.
4. Em toda a história, nunca houve um povo palestino, nem nação, governo, língua, cultura, religião ou economia palestina. Quem criou os refugiados palestinos foram os próprios árabes, a partir da guerra de 1948, contra a recém fundada nação de Israel.


(veja o outro artigo: Refugiados palestinos! insolúvel?)

Fonte: livro, o Dia do Juízo – O Islã, Israel e as Nações – Dave Hunt




Entendendo o ódio universal aos judeus


Segundo o escritor Dave Hunt, em seu livro O Dia do Juízo – o Islã, Israel e as Nações,  baseado na Bíblia, há duas razões para o ódio universal aos judeus e a Israel:

a) Os judeus como povo escolhido de Deus, estão debaixo de juízo divino por causa da rebeldia contra Deus e a rejeição ao Messias pela liderança religiosa de Israel, no seu advento.

b) No antissemitismo há instigação maligna, na tentativa de destruir o povo eleito, designado propriedade peculiar pelo próprio Deus. E essa luta vem desde o Antigo Testamento, pois assim evitaria a encarnação do verbo e a consumação da redenção humana e as profecias bíblicas cairiam por terra.

1.Eu diria que, nesses dias assistimos a última cartada satânica, na tentativa vã de levar Israel ao extermínio, desacreditar as Escrituras e solapar a fé de muitos. Porém, Deus não está pegando uma queda de braço com o maligno. No tempo de Deus, ele e seus comparsas irão para o Lago de Fogo, pois assim está escrito.

2.O nível de brutalidade, requintes de crueldades, ausência de compaixão, desamor, a insensibilidade entre os humanos, desde os primórdios, é tamanha que não se explica sem considerar a influência satânica na terra.

3.O que podemos e devemos fazer é orar pela paz em Jerusalém, seus arredores, nos quatro cantos da terra e evangelizar os povos. O campo é o mundo. Que os judeus sejam tocados para crê em toda Bíblia e não apenas em parte. Que judeus e árabes tornem-se discípulos de Jesus, o príncipe da paz e a luz do mundo. E para isso não precisam deixar de ser judeus e árabes. Deus os ama, cada um na sua nacionalidade, embora a visão macro divina seja: Israel, gentios (as nações) e a Igreja. E desse forma, Deus vem tratando com os homens e assim será até o Fim dos Tempos.


Por Samuel Pereira de Macedo Borges.
Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN, 25/09/2011.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

15 efeitos negativos na vida de um ateu



1.As suas origens ficam eternamente indefinidas.
2.A sua existência é uma procura interminável.
3.Resiste à voz da sua consciência, apontando-lhe um Ser Superior.
4.Nunca vai saber quem ele é e para que está neste mundo.
5.O mundo espiritual é e será um salto no escuro para ele.
6.Vive a ignorar todas as evidências do Criador à sua volta.
7.Nas entrelinhas da vida demonstra insubordinação e orgulho. 
8.Adquire para si um indeterminismo persistente e cego.
9.Não tem educação segura para formação espiritual dos descendentes.
10.Comporta-se como um “bicho” quando é um ser moral e espiritual.
11.Rejeita indiretamente o amor incomparável daquele que o criou.
12.Não se apercebe que viver sem os valores judaico-cristãos, torna a vivência social insuportável.
13.A ausência da fé leva-o ao alheatório, ao caos e a apostar no acaso.
14.Não tem respostas para a latente pecaminosidade e suas conseqüências sobre o gênero humano.
15.Não vê ”Que o homem nasceu para Deus e só se realiza em Deus.”


“De tudo que se tem ouvido, o fim é: teme a Deus e guarda os seus mandamentos, porque este é o dever de todo homem”

                                 Eclesiastes 12.13


Samuel P M Borges

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O INCOMPARÁVEL JESUS


"Assim como as pirâmides do Egito se levantam acima das planícies arenosas, assim Cristo se eleva acima de todos os elementos humanos e fundadores de seitas e religiões!"(Walter Baxendale). Com efeito declara Charles H. Spurgeon: "Cristo é o grande fato central da História. A partir dele, olha-se para frente ou para trás!".
      Sócrates ensinou durante quarenta anos, Platão durante cinqüenta, Aristóteles por quarenta, e Jesus somente durante três anos. Todavia, esses três anos transcenderam infinitamente em importância os 130 anos somados, atribuídos respectivamente aos ensinamentos de Sócrates, Platão e Aristóteles - que foram considerados os três maiores filósofos de toda a Antigüidade!
     Por outro lado, Jesus nunca pintou quadros, mas as famosas e inigualáveis telas de Rafael, Miguel Ângelo e Leonardo da Vinci foram nele inspirados.
    Jesus jamais compôs poemas, contudo renomados poetas como Dante, Milton e outros incontáveis e célebres poetas do mundo inteiro buscaram nele suas inspirações.
    Jesus nunca escreveu partiduras musicais, no entanto Handel, Bach, Beethoven e Mendelssonhn atingiram a mais alta perfeição da melodia, na composição de hinos, sinfonias e oratórios, escritos em seu louvor!
     Destarte, cada esfera das mais sublimes atividades culturais da humanidade tem sido incomparavelmente enriquecida pela prodigiosa influência do humilde carpinteiro de Nazaré!
         Nada obstante, a maior contribuição que o meigo Rabi da Galiléia trouxe ao homem foi a salvação de sua alma! Temos que reconhecer que tão excepcional benesse jamais poderia ser proporcionada pela arte, pela literatura ou pela música.
      Somente Jesus Cristo pode domar o poder do pecado! Infelizmente, muitos homens  admiram "de longe" a excelsa figura de Jesus, mas  nunca se decidiram a seguir as suas pegadas! Entretanto, uns poucos têm atendido ao seu apelo, abrindo os corações e  convidando Jesus para ser o seu hóspede permanente, ao mesmo tempo em que o tomam como o maior e insubstituível exemplo de suas vidas!                     
                                                   Walter B. Knight

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Jerusalém, cidade dourada de três milênios


Jerusalém, o coração e a alma do povo judeu, a capital do reino de David, que a conquistou há mais de 3000 anos, abriga as ruínas do Templo do Rei Salomão, considerado o local mais sagrado do judaísmo. Segundo a tradição judaica, foi deste local que o Criador coletou o pó da terra para fazer surgir o primeiro ser humano à Sua semelhança: Adão. Foi, também, onde Caim matou por inveja seu irmão Abel. O local também foi palco de uma das mais importantes passagens bíblicas que relata a lealdade do patriarca Abraão a Deus, quando levou seu filho Isaac para sacrificá-lo, em louvor ao Senhor.

Cidade sagrada às três principais religiões, Jerusalém é o domicílio de uma concentração única de lugares religiosos. Para os muçulmanos, a Mesquita de Omar, construída sob espaço outrora ocupado pelo Grande Templo, representa o terceiro mais sagrado local depois de Meca e Medina. Para a fé cristã, a Igreja do Santo Sepulcro marca o local onde Jesus foi crucificado e ressuscitou. Desde que a cidade foi reunificada sob a soberania israelense em 1967, o Estado de Israel conseguiu proteger os direitos de todos os grupos religiosos de gozar da liberdade de culto, e vem restaurando e reconstruindo lugares santos cristãos, muçulmanos e judeus. Vale lembrar que até julho de 1967, quando a Cidade Velha foi liberada do domínio jordaniano, durante a Guerra dos Seis Dias, os locais sagrados para os judeus como o Muro das Lamentações, eram mantidos em péssimas condições e proibidos os acessos de israelenses a estes locais. Até sanitários existiam defronte às ruínas do Grande Templo de Salomão.

Realmente, em nenhuma outra época da história os fiéis de todas as crenças têm usufruído de um nível de liberdade religiosa, como agora.

O direito judeu a Jerusalém tem 3 mil anos de história

1. Jerusalém esteve no centro da consciência judaica por mais de três mil anos, ainda antes do rei David fazê-la a capital do seu reino, em 1004 a.C. Eventos da Bíblia, como o Sacrifício de Isaac e a escada de Jacob, são tradicionalmente ligados a ela. Nenhuma outra cidade desempenhou um papel tão predominante como esta na história, cultura e religião de um povo, como Jerusalém desempenhou para o povo judeu. Jerusalém, ou Sion é mencionada mais de 800 vezes na Bíblia judaica.
2. Por toda a Diáspora, Jerusalém sempre permaneceu nos pensamentos do povo judeu, enquanto dirigiu-se a Sion em oração, três vezes por dia. Rituais diários como a reza após as refeições, ou cerimoniais especiais como Sheva Brachot (benções do casamento), são repletos de referências à ânsia do povo judeu por sua antiga capital. Nos feriados, judeus de todo o mundo se saúdam com a saudação tradicional, "No próximo ano em Jerusalém”.
3. A independência judaica na Terra de Israel, que terminou em 70 e.C. e foi retomada em 1948, representa o período mais longo de soberania sobre Jerusalém por qualquer nação. Nenhuma outra nação pode afirmar uma existência política longa como esta, na história registrada desta cidade única.
4. Em todas as épocas de soberania estrangeira sobre Jerusalém - romana (70 - 324 e. C.), bizantina (324 - 614), persa (614 - 640), árabe (640 - 1099), cruzada (1099 - 1291), mameluca (1291 - 1516) e turca otomana (1516 - 1918) - os judeus foram perseguidos, massacrados e sujeitos a exílios. Apesar disso, a presença judia em Jerusalém continuou constante e duradoura.
5. Os judeus sempre escolheram morar em Jerusalém. Desde 1840, os judeus têm constituído o maior grupo étnico da cidade, e têm representado uma maioria ininterrupta em Jerusalém, desde a década de 1860.

O direito judeu a Jerusalém como sua capital é único

1. Sempre houve um consenso nacional em Israel sobre o status de Jerusalém. Desde a reunificação da cidade em 1967, todos os governos israelenses têm declarado sua política de que Jerusalém unida, a capital eterna de Israel, é uma cidade indivisível sob soberania israelense e que o acesso livre aos lugares santos e a liberdade de culto continuarão a ser garantidos para fiéis de todas as crenças.
2. Apenas duas vezes Jerusalém foi capital nacional: a capital dos reinos bíblicos de Israel e Judéia, antes da destruição romana de 70 e.C., e a capital do moderno Estado de Israel, desde do renascimento do Estado judeu em 1948.
3. Além do povo judeu, nenhuma outra nação ou Estado que ganhou soberania política sobre a área tornou, em qualquer momento, Jerusalém como cidade capital. Ambos os impérios, árabe e mameluco escolheram governar de Damasco, enquanto o soberano otomano residiu em Constantinopla. Além disso, esses impérios nem mesmo concedera a Jerusalém o status de capital distrital.

Historicamente, Jerusalém é uma cidade unida

1. Os 19 anos de ocupação da parte oriental de Jerusalém - a única época em que a cidade ficou dividida - foi resultado de um ataque jordaniano seguido por uma anexação não reconhecida:
- No dia 14 de maio de 1948, ao término do mandato britânico, Israel proclamou sua independência. Logo após a proclamação de Israel, os países árabes circundantes atacaram o Estado recém-nascido. A Legião árabe colocou um cerco sobre o quarteirão judaico da cidade velha.
- No dia 28 de maio de 1948, a Legião árabe invadiu o quarteirão judaico e a parte oriental de Jerusalém, enquanto Israel manteve os bairros ocidentais, povoados por judeus. Jerusalém ficou dividida pela primeira vez na sua história.
- em 1950, a Transjordânia anexou a Cisjordânia e Jerusalém, num ato que nem foi reconhecido pela comunidade mundial (fora dois países), nem por outros Estados árabes.
2. No dia 5 de junho de 1967, um ataque árabe não provocado foi lançado sobre os bairros ocidentais de Jerusalém, povoados por judeus. Um bombardeio indiscriminado de artilharia danificou lugares religiosos, hospitais e escolas, no outro lado da linha de armistício de 1949; o quartel general da ONU ao sul de Jerusalém foi tomado, e tropas inimigas começaram a entrar nos bairros judeus.
3. As Forças de Defesa de Israel repeliram a invasão, e no dia 7 de junho retomaram a cidade velha, reunificando Jerusalém. O arame farpado e as barreiras de concreto, que haviam dividido Jerusalém, foram finalmente retirados, e a lei, jurisdição e administração israelense foram estendidas aos bairros orientais da cidade.
4. Jerusalém é, e sempre foi, uma cidade não dividida, com exceção deste período de 19 anos. Não há nenhuma justificativa para que este período curto seja visto como um fator determinante do futuro da cidade, e negar três mil anos de unidade.

Não há nenhuma base para um status de Corpus Separatum para Jerusalém
1. Não há nenhuma base na lei internacional para a posição que apóia o status de Corpus Separatum (entidade separada) para a cidade de Jerusalém. Este conceito originou-se numa proposta contida na Resolução 181 da Assembléia Geral da ONU, de novembro de 1947, que tratou da partilha do mandato britânico da Palestina. É preciso lembrar que a idéia foi uma proposta não obrigatória, que nunca se materializou, tornando-se irrelevante quando os países árabes rejeitaram a Resolução da ONU e invadiram o recém-nascido Estado de Israel.
2. Nunca houve nenhum acordo, tratado ou entendimento internacional, que aplicasse o conceito de Corpus Separatum a Jerusalém.
3. Por estas razões, Israel vê a solução do Corpus Separatum como nada mais do que uma das inadequadas tentativas históricas feitas para examinar soluções possíveis para o status da cidade.

Os árabes de Jerusalém e as negociações Israel-Palestinos

1. Logo depois da reunificação de Jerusalém por Israel em 1967, aos moradores árabes de Jerusalém foi oferecida cidadania israelense completa, embora a maioria recusasse aceitá-la.
2. Todavia, aqueles que escolheram não aceitar cidadania israelense, retêm o direito, como moradores da cidade, de participar em eleições municipais e gozar dos benefícios econômicos, culturais e sociais concedidos a cidadãos israelenses, como os fundos de saúde e serviços de previdência social de Israel, tanto como ser sócio do Sindicato de Trabalhadores de Israel.
3. O direito civil de árabes palestinos de manter suas próprias instituições não políticas humanitárias, educacionais e sociais foi reiterado por Israel durante as negociações israelo-palestinas.
4. Contudo, de acordo com a Declaração de Princípios Israel-palestina de 1993 - a base para as atuais negociações - instituições políticas da autoridade autogovernativa palestina não tem permissão para operar na cidade.

O consenso israelense sobre Jerusalém

Culturalmente diversa - politicamente unida. O status de Jerusalém como a permanente capital do Estado de Israel tem sido reiterado por todos os governos israelenses, desde o estabelecimento do Estado, em 1948:

1. Em 1949, o primeiro premier David Ben-Gurion atuou para reconstituir a sede do Governo em Jerusalém, e o parlamento de Israel, o Knesset, foi reunido novamente na cidade em dezembro daquele ano.
2. Em seguida da reunificação de Jerusalém no decorrer da Guerra dos Seis Dias, em 1967, junto com a extensão da jurisdição e administração israelense sobre a parte oriental de Jerusalém, o Knesset aprovou a lei da Preservação dos Lugares Santos de 1967, que garante a liberdade de acesso aos lugares santos da cidade e a sua proteção.
3. Em 1980, o Knesset legislou a Lei Básica: Jerusalém, Capital de Israel, que declara novamente a posição de que "Jerusalém, completa e unida, é a capital de Israel" e a sede de suas principais instituições de Governo. Ela também reitera o compromisso de Israel de proteger os lugares santos e desenvolver a cidade.
4. No dia 28 de maio de 1995, o então primeiro-ministro Yitzhak Rabin declarou, "Em 1980, o Knesset aprovou a lei de Jerusalém. Todos os Governos de Israel, incluindo o atual Governo, estavam totalmente convictos que o que foi determinado em 1967, o que foi legislado em 1980 - a capital de Israel, o coração do povo judeu - estes são os fatos que durarão para a eternidade.
O status de Jerusalém é único. Política e espiritualmente, Jerusalém era, é e sempre será a capital do povo judeu. Porém, ao mesmo tempo, ela desempenha um papel significativo na identidade religiosa de centenas de milhões de fiéis das fés monoteístas. O mundo árabe vê Jerusalém como um - embora ela não seja o mais significativo - de seus lugares santos. Além disso, enquanto quase 75% dos cidadãos de Jerusalém são judeus, muitos árabes palestinos chamam a cidade de seu lar. É por estas razões que Israel concordou em enfocar questões relacionadas à Jerusalém na etapa do status permanente das atuais negociações de paz.

Em conclusão, à luz do significado único que a cidade de Jerusalém possui para o povo judeu, o Governo de Israel tem reiterado conseqüentemente sua posição que enquanto direitos religiosos e culturais de todas as comunidades da cidade devem ser garantidos - Jerusalém é e permanecerá a capital do Estado de Israel, não dividida, sob soberania exclusiva de Israel. Portanto, comemoremos o seu Dia.

Fonte: WWW.firs.org.br

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Família e Finanças



Texto: I Tm 6.6-10; Mt  6.19-21, 24-34;  Ec 5.9-12; Pv 28.20
Introdução: A Bíblia fala-nos de dinheiro e bens materiais, muito mais do que sabemos ou pensamos.  O financista  Howard  Dayton encontrou cerca de 500 versículos sobre a oração e mais de 2.350 a respeito de como lidar o dinheiro e bens materiais. Na área da família, há quem considere três fatores de sustentação do casamento. São eles: sexo, amor e finanças/dinheiro.  Obviamente, com Deus no centro... Muitas vezes achamos que se tivéssemos mais dinheiro, esta seria a solução.  Outros estão preocupados em fazer render mais seus capitais. A verdade é que dinheiro e bens não são neutros. Muitos estão controlados pelo dinheiro. E poucos tem domínio sobre ele...

 I – FINANÇAS E O CONTEXTO SÓCIO-ECONÔMICO.

1. Estamos em um país de subempregos e com má distribuição de renda.
2. Há uma  massa  populacional  é desqualificada.Portanto, de baixos salários.
3. Com a estabilização econômica veio a oportunidade de compras a prazo. Crédito fácil, e com isso muita gente está atolada em dívidas.
4. Só o governo se serve da inflação oficial. O trabalhador - queda do poder de compra.
5. Temos que reconhecer o quanto avançamos em Direito do Trabalho. Nada mais justo. Melhora o item 1.
6. Temos a nossa volta - má administração pública, corrupção, injustiças e misérias  sociais, subempregos. Pior, desempregados.
7. O mercado é capitalista e excludente.  Quem passou pela vida e não se fez, só resta a janela da esperança do céu, para viver melhores dias.  O mercado não perdoa. A palavra de ordem hoje é empregabilidade.

II – FINANÇAS e  DISCIPLINA.

1.  A indisciplina é um dos maiores agentes desagregadores de qualquer instituição. “O indisciplinado corre o risco de sepultar a própria vida”.
2.  Em tese a questão não é ganhar muito e sim administrar bem o que se ganha.
3.  Você conhece pessoas que ganham pouco e vivem bem? Ou que ganham bem e vivem mal? (O exemplo da liderança I Tm 3.4-5).
4.  “O orçamento é um  instrumento que possibilita antever a necessidade de disponibilidade para suprimento” – Sara Biava. Lc 14.28
5.  A compulsão  leva a adquirir o que não precisa e gastar o que não tem.
6.  Cuidado com o consumismo  e a   indução das propagandas.
7.  A disciplina leva ao respeito  dos  limites financeiros
8.  Na família,  nem esposa nem filhos  deve  exigir  o que pai não pode dá.  Ele  também, não pode fazer o que quiser do salário, sem concordar com a esposa e até  gastando egoisticamente. 
9. O coroamento da disciplina financeira é a reserva de recursos para os imprevistos. Ec 7.12

“Não é livre aquele que não obteve domínio sobre si próprio”     
                                                         Pitágoras
“O domínio sobre si mesmo é uma das maiores perfeições do homem ideal”- Hérbert Spencer
  
III – SANEAMENTO FINANCEIRO FRENTE ÀS DÍVIDAS.
1. A dívida é a obrigação de pagar de volta o dinheiro que tomamos emprestado, com fins de adquirir um bem material, uma experiência para a qual não havia recursos disponíveis, mas crédito, sim.
2. A Bíblia não proíbe contrair dívidas. Contudo, a maior parte das Escrituras que se referem a dívidas  são avisos de cautela ou tratam da solução dos problemas que a dívida cria. A dívida é desaconselhada (Pv 22.7). Poupar é o oposto de dever, é encorajada.
3. Disciplina financeira começa com o ato de investir no Reino de Deus.
  “Crente enrolado em dívidas é crente sob a disciplina de Deus, que precisa fazer um pacto de fidelidade com o  Senhor, pela  fé.” 
                                                     Pr. Oswaldo Ramos.
4. Como ser disciplinado, vivendo de um subemprego? Lc 16.2,10; Mt 25.23
5. “Ganhe pouco a pouco, poupe 10%, dê 10% ou mais e evite dívidas.” Patrick M. Morley 
6. Tens perspectiva de fé para crescer economicamente? seja no seu negócio próprio? Mudança de emprego? Uma segunda fonte de renda?Estudando mais para enfrentar o mercado de trabalho?
7. É um grande risco assumir qualquer compromisso, dependendo de terceiros. Exemplo: negócios casados, a  fiança, o aval...Bom é ter um plano “B”.
 IV – FUNDAMENTOS ORÇAMENTÁRIOS.
1.    Priorizar objetivos comuns/familiares.
2.    Moderar gastos eventuais( presentes, restaurantes, lazer...)
3.    Evitar os gastos supérfluos( Is 55.2; Lc 15.13-14).
4.    Eliminar desperdícios.
5.    Evitar dívidas. (Rm 13.8).
6.   A equação ideal =  Despesas + investimentos + poupança = 90% da receita

CONCLUSÃO DISCURSSIVA:

1)  Seu cônjuge pensa em segunda renda, visando a família?
2) Percebemos que as dívidas e suas pressões no casamento são sintomas de desequilíbrio financeiro?
3)  É justificável ser mal pagador, porque ganha pouco?
4) Os cônjuges que trabalham somam as rendas e estabelecem prioridades  em família? Ou é cada por si e Deus por todos?
5) Você sabe quanto o seu cônjuge ganha? Acordam em dizimar?
6) A mesada dos filhos não seria uma boa oportunidade de ensiná-los a lidar com o dinheiro, tanto na área espiritual, como material? E o pior, há filhos tão reprimidos nesta área, que terminam pegando no alheio. E para as esposas que não trabalham?
7) O casal que administra finanças, gera espaço e valorização do companheiro, evita reclamações e divide responsabilidades.
8)  Será que sabemos distinguir gastos de investimentos?
9)  Na sua vida familiar conseguem controlar o dinheiro ou ele lhes controla?
10) Evite interferências internas e externas, cumpra o orçamento       proposto.  
  
Subsídios:

a) A dívida é, geralmente, um sintoma de uma vida consumista.
b) Textos chaves em provérbios: Pv 13.7; 22.7; 28.6,20
c) “O problema do dinheiro é que ele faz a gente fazer coisas que não queremos fazer” -  Wall Street.
d) Obtemos dinheiro de quatro maneiras:
1. Damos nosso trabalho em troca dele;
2. Alugamo-lo a outrens;
3. Contratamos outros e auferimos lucro com o seu trabalho;
4. Corremos riscos calculados para ganhar dinheiro.(aplicação financeira, comércio...).
e) Onde os bens se multiplicam, multiplicam-se os que comem dele. Ec 5.11

“O nome é o primeiro dos patrimônios do homem, a base de seu crédito, o nervo de força, o estojo do seu trabalho, a herança de sua prole, a última consolação de sua alma.”

                                             Rui Barbosa(1849-1923)

 Spmb/Setembro 2011

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Familiares do cônjuge


Texto: Ex 18.13.24
Introdução: Entre os muitos problemas que afetam a vida do casal, encontra-se  a questão do relacionamento com os familiares do cônjuge. E infelizmente, muitos casais vivem uma vida complicada, ou seja, tumultuada por causa das dificuldades em manter um relacionamento saudável  com os parentes do cônjuge. Você já ouviu esta frase: Ah! Família? Só para o retrato de final de ano". Pior,  é quando acontecem  casamentos sem aprovação das  famílias. Genros ou noras que não se nutre muita simpatia. Ou quando o rapaz ou a moça não se entende bem com a outra família...a vilã desta problemática toda  é a sogra.
I - PELO CASAMENTO OS CÔNJUGES ENTRAM PARA A FAMÍLIA DO SEU CÔNJUGE.
a)    É impossível negar que a união pelo matrimônio,  aproximam duas famílias.
b)  É também impossível respaldar a exclusão total do relacionamento entre as 
      famílias dos cônjuges com base em Gn 2.24 - "Portanto deixará o homem o
      seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne."
c)    É notável exemplo de Rute com sua sogra Noemi, onde Rute entendeu a
      união entre a família do seu marido e sua pessoa. E foi bem sucedida.
d)    É necessário conhecer a família da pessoa com quem pretende se casar, bem como a opinião sobre o possível casamento.
II - OS LIMITES NOS RELACIONAMENTOS FAMILIARES.
a)    Evitar excessos de liberdade que, levam a mal entendimentos e constrangimentos,  muitas vezes;
b)    Não fazer da casa da família do cônjuge, "a verdadeira casa da sogra", popularmente tão falada;
c)    Há casais que fazem dos avós verdadeiras babás. Neste caso, existe o risco dos filhos receberem dupla educação;
d)    Outros casais se separam por causa de uma forte e perigosa interferência dos familiares do cônjuge.(via opiniões, críticas destrutivas, fuxicos...Quem se sente bem ouvindo alguém falar mal dos seus familiares?)  
e)    Não pode ultrapassar a linha que demarca a individualidade e a privacidade a que o casal tem direito. Assim sendo, não interferir nem permitir interferências, além do tolerável e saudável.
III - BÊNÇÃOS DECORRENTES DE RELACIONAMENTOS FAMILIARES EQUILIBRADOS.
a)    Paz - Devemos procurar tê-la, se possível, com todos os homens. Rm 12.18
b)    União - Famílias unidas têm muito maiores condições de vencer crises que possam surgir. Sl 133
c)    Respeito - Aqueles que respeitam serão respeitados, com raras exceções.
d)    Liberdade - Quando um relacionamento interpessoal é salutar, há liberdade
     para se expressar e participar, sem interferências prejudiciais.

CONCLUSÃO: Amados, é possível que alguns digam: a minha família  mesmo é o meu esposo(a) e meus filhos. Entretanto, não podemos menosprezar nossas raízes. Quando um dos seus filhos casar, você o perdeu ou ganhou um(a) filho(a)? A união dos laços familiares é algo a ser conservado. E como eu e você, no lugar do familiar do cônjuge, seja um irmão, um cunhado, o sogro, a sogra, poderá contribuir para a felicidade do casal e não um tropeço?Jetro, o sogro de Moisés, viu que Moisés não ia bem em sua liderança e o aconselhou, mas não  decidiu por ele. E Moisés aceitou a sugestão e foi bem sucedido. Amém.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Meio Ambiente e Fé Cristã


Ainda sem cuidar
Estamos vivendo um momento importante na história de nosso país. Uma das principais leis de nosso ordenamento jurídico, o Código Florestal, está em discussão no Congresso Nacional.

Este momento enseja a expressão de cosmovisões de todos os envolvidos no debate e é impressionante o que vem à luz. Embora esteja claro em Gênesis 2.15 que o ser humano foi autorizado a lavrar e cuidar do jardim onde foi posto, em geral só se dá ouvidos para o lavrar. É como se fosse uma herança cultural pela metade. Desenvolvemos o domínio sem o cuidado.

Na maior parte do Brasil o mesmo modelo de cultivo da terra vem sendo usado desde o descobrimento. São 500 anos de uma tecnologia muito baixa, que significa a derrubada, a queima e a exploração até que o solo se esgote. Esse modelo tem se agravado devido à contaminação das águas com agrotóxicos e às emissões de gases de efeito estufa.

A remoção de vegetação das encostas, topo de morros e margens de rios é feita sem nenhum senso de proteção. O resultado são rios assoreados, encostas que desabam sobre casas, plantações e estradas, e muitas vidas perdidas a cada ano. Além da alteração no regime das chuvas, pois as florestas têm um papel fundamental no equilíbrio climático.

O Código Florestal não diz respeito apenas às áreas rurais. Há áreas de proteção permanente (APPs) também em regiões urbanas. Ainda temos na memória as cenas de destruição e dor do deslizamento do Morro do Bumba, em Niterói, e da pousada em Angra dos Reis, ou das enchentes em São Paulo, onde as calhas dos rios imprensadas por construções em local inadequado transbordaram e trouxeram tantas perdas para quem já tem tão pouco.

Se o texto aprovado na Câmara, que seguiu para debate no Senado, ficar como está, vai permitir que toda essa situação se agrave muito. O projeto anistia quem desmatou ilegalmente as áreas de florestas que deveriam, pela sua importância ecológica para toda a sociedade, ser preservadas. Beneficia especialmente os grandes produtores, desobrigando-os da recomposição da reserva legal e da APP, e cria condições para que novos desmatamentos possam acontecer e sejam legalizados.
 

Com isso, todos os esforços feitos pelo poder público e pela sociedade para barrar a destruição de nossos ecossistemas naturais caem por terra. Esse retrocesso está camuflado no texto, em uma redação capciosa, de modo que somente advogados especialistas na questão ambiental conseguem compreender o verdadeiro objetivo da lei, que é isentar o setor rural e outros setores econômicos da obrigação constitucional de preservar o meio ambiente e conservar nossas florestas para as atuais e futuras gerações.

Há parlamentares que não comungam da cosmovisão cristã, no entanto orientaram seu voto pelo princípio de usar com cuidado. Causa estranheza que aqueles que creem no dever de respeitar a terra porque ela pertence a Deus -- como está escrito em Levítico 25.23 -- tenham, com poucas exceções, votado sim a esse texto, que é alinhado com os interesses de setores resistentes a entender que sem a proteção do meio ambiente não haverá futuro para o Brasil.

A Câmara dos Deputados votou essa importante lei sem a dimensão do cuidado, fazendo o país retroagir ao modelo agrícola do século 19, quando tínhamos pouca informação científica sobre o regime das águas, as necessidades do solo, a engenharia das chuvas, os efeitos dos gases poluentes no clima.

Tomara que o tempo de discussão no Senado possa recolocar nosso país no século 21 e que a voz do Senhor seja ouvida na terra.


 Marina Silva é professora de história e ex-senadora pelo PV-AC.

Fonte: Revista Ultimato julho-agosto 2011
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