Texto Áureo - “Mas
a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus
Cristo.” (Fp 3.20).
Verdade Prática - O
crente deve viver a vida cristã com a mente voltada para o céu como sua
legítima esperança.
Introdução
1.Estudaremos o céu na
perspectiva bíblica como morada eterna reservada para os salvos em Cristo.
2. A descrição do Novo Céu em Apocalipse
21 e 22.1-5.
3. A eternidade com Deus,
requer: Perseverança na fé, renúncia às práticas desde mundo vil e bom ânimo
diante dos embates da jornada. Não basta
ter ânimo, precisa ser de qualidade.
4. Cuidado! Existem “doutrinadores
cristãos” negando a realidade do céu e do inferno. Dizem que não são lugares
reais no mundo espiritual. Ensinam se tratar de um estado imaginário do ser, apenas
uma perspectiva ontológica, a realidade do ser e sua essência. É Aristotelismo
filosófico. É metafísica sem Teologia Bíblica.
5. Onde e como terminará a
carreira da Fé Cristã? No céu de glória com Deus e o Cordeiro.
I – Céu – o Alvo de Todo
Cristão
1. O vocábulo céu – Do hebraico shamayim,
que significa céu, céus (Gn 1.1), aparece 419 vezes no Antigo Testamento.
2. O termo grego ouranós,
céu (Mt 3.2; Ap 21.10), aparece 280 vezes no Novo Testamento.
3.Na língua portuguesa, a
palavra shamayim foi traduzida por “altura”; e o grego ouranós,
como “algo elevado”. E se referem a três regiões celestiais distintas:
a) O primeiro céu (inferior): É o
céu atmosférico, onde sobrevoam as aves e os aviões; onde passam as nuvens,
desce a chuva e se processam os trovões e relâmpagos: “Ele é que cobre o céu de
nuvens, que prepara a chuva para a terra e que faz produzir erva sobre os
montes” (Sl 147.8; Dt 11.11,17; 28.12,24).
b) O segundo céu
(intermediário): É o céu estelar ou planetário, chamado também
de céu astronômico: “E disse Deus:
Haja luminares na expansão dos
céus [...]” (Gn 1.14; ver Gn 15.5; Sl 33.6; Jr 10.2; Hb 1.10).
c) O terceiro céu (superior): Este
céu é o ponto central do nosso estudo. Podemos chamá-lo de “céu dos céus” por
estar acima de todos (Ne 9.6; Jo 3.13). O Senhor Jesus mencionou, muitas vezes,
em suas pregações e ensinos (Mt 5.12,16; 6.1,9,10; 7.21; 8.11; 10.32,33). O apóstolo
Paulo denominou de “o Paraíso” (II Co 12.2-4),
4. O Céu é o alvo do cristão – Paulo
nos ensina que prossegue para o alvo, como um atleta que tem uma linha chegada,
um prêmio a alcançar (I Co 9.24; II Tm 4.8). Persigamos o prêmio com
determinação, liberdade, empenho e os olhos fixos no Autor da Salvação (Hb
12.2).
Todo cristão na esfera do
reino, tem uma vocação celestial enquanto peleja pela fé na caminhada.
Em Ef 2.19, a expressão a
“nossa pátria está nos céus” sintetiza bem essa nova realidade (Fp 3.20). E
então, temos cidadania celestial.
Enfim, o céu é identificado
como o lar dos salvos em Cristo Jesus, onde temos um destino assegurado e lá
estaremos para sempre com o Senhor (I Ts 4.17; Ef 1.3,20; 2.6).
II. A Descrição do Novo Céu em
Apocalipse 21 e 22.1-5.
1. O novo céu e a nova terra - O
apóstolo João diz que o primeiro céu e a primeira terra passaram, o mar não
existe mais. Um novo ecossistema.
O céu e a terra que conhecemos
dará lugar a uma nova Criação.
a) Isaías profetizou a criação
de novos céus e nova terra (Is 65.17);
b) Em Apocalipse o adjetivo
grego kainós (novo), traz a ideia de novo com respeito à forma;
fresco, recente, não usado, um novo céu é um lugar sem precedente, incomum e
desconhecido. É algo que não temos a capacidade nem de imaginarmos.
c) Em II Pd 3.13, ele
confirmou essa promessa: “Mas nós, segundo a sua promessa aguardamos novos céus
e nova terra, onde habita a justiça”. Um lar completamente redimido, pois o Senhor
Jesus declarou: “eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21.5).
2.A linda cidade, a Nova
Jerusalém - (Ap 21.2) – Conforme o NT, a Nova Jerusalém
pode ser descrita como a morada de Deus, a pátria dos salvos, lugar em que os
santos habitarão com Ele (Hb 12.23; Gl 4.26; Fp 3.20). E ali a glória de Deus a iluminará, e o
Cordeiro será a sua lâmpada (Ap 21.22,23).
Então, Apocalipse 21 refere-se
ao Novo Céu, composto da Nova Jerusalém, a Nova Cidade - A
morada da Igreja, isenta de toda a pecaminosidade da queda (Ap 21.3), onde a
bem-aventurança eterna será desfrutada pelos santos para todo o sempre.
Ap 21.3 – “Eis aqui o
tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e
eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus”.
Conforme Hb 12.22, chegaremos
“ao monte de Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial”.
Deus tem preparado a Nova
Jerusalém, que um dia descerá do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o
seu marido (Ap 21.2; 3.12).
Na Cidade Santa estará o trono
de Deus e do Cordeiro. E reinarão para todo o sempre (Ap 22.1,3-5).
III. O Céu: O Fim da Jornada
Cristã
1.O céu não é um lugar místico
nem um conceito filosófico. O céu é um lugar real, onde Deus habita;
de onde Jesus veio para tomar forma humana, e para lá voltou, após a sua
ressurreição. E de onde Ele voltará, para buscar a Sua igreja. Vejamos como a
Bíblia informa a natureza do céu:
a) O Céu é um lugar real, não
um lugar imaginário – Um lugar onde a igreja estará para sempre
com o Senhor (I Ts 4.17). Jesus descreveu o céu como um lugar onde existem
muitas moradas (Jo 14.1-3);
b) O Céu é um lugar de enormes
proporções - As testemunhas de Jeová afirmam que apenas 144
mil irão para o céu. Entretanto, João teve a visão, na ilha de Patmos, dos
mártires na glória, e escreveu: “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão,
a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas,
que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e
com palmas nas suas mãos” (Ap 7.9). Se João descreve os mártires da grande
tribulação como: “uma multidão, a qual ninguém podia contar”, imagine o que
será a igreja, em sua totalidade.
c) O Céu é um lugar
indescritível - Apesar das muitas referências bíblicas sobre o
céu, não é possível descrevê-lo por completo, pois a linguagem humana é pobre
para descrever a sua beleza e sua realidade espiritual. O apóstolo Paulo diz
que “[...] as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao
coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam” (I Co 2.9).
2.As lágrimas cessarão - Lágrimas
simbolizam a tristeza, o sofrimento, as tragédias humanas e outros diversos
males que não terão lugar nessa nova realidade de vida, pois todas as primeiras
coisas serão passadas (I Co 15.26,54; Is 61.3; 65.19).
A realidade humana na história
traduzida em poucas palavras: Desobediência, injustiça, incredulidade,
juízos, malignidade, ausência de amor, sangue, violência, morte, lágrimas e
sofrimento. E tudo isso é completamente contrário ao que Deus almeja para o
homem criado à sua imagem e semelhança, a coroa da sua Criação.
A Criação, o mundo físico,
será redimido - Paulo escreveu a respeito da redenção do mundo
material (Rm 8.21). Será inteiramente mudado e livre de toda a degradação
causada pelo pecado. E ficará isento de todos os fatores negativos e nocivos
que assolam a Humanidade.
3. O Céu como repouso eterno - A
expressão “repouso” nada tem a ver com tédio, pois no Céu haverá constante
atividades: adoração (Ap 19.1-8); serviço (Ap 22.3); ilimitada aprendizagem (I Co
13.12). Trata-se de uma dimensão completamente distinta do que conhecemos
atualmente.
Conclusão
1.Para se viver a esperança
celestial é preciso nascer de novo, viver em Cristo (Jo 3.12).
2.Deus colocou a eternidade (hb.
olam) na consciência humana. Daí, o anseio inato da alma desejar se perpetuar
(Ec 3.11).
3.Ao estudarmos acerca dos
céus, a eternidade com Deus, ainda que carregada de muitos mistérios, o pouco
que compreendemos só discernimos espiritualmente (I Co 2.14).
4.Portanto, prossigamos na
jornada para o Céu de glória, na adoração e serviço, pensando nos valores eternos,
seguindo os ditamos da Palavra de Deus.
Fl 1.22-23 – Parafraseio Paulo:
Vivendo neste mundo material, produzia para Deus no seu Reino, enquanto tinha
desejo de partir e estar com Cristo, porque era muito melhor. Que segurança em
Deus!
II Tm 4.7-8 – “Combati o bom
combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça
me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não
somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”. Amém!
Fontes da Pesquisa:
Lição CPAD/EBD – 2º trimestre
de 2024.
Bíblia Sagrada.
RBC1 – ADPE.
Por Samuel Pereira de Macedo
Borges
Natal/RN, 21/04/2024.