É verdade que o mundo inteiro
vai dobrar os joelhos diante de Jesus e toda língua vai confessar que Jesus
Cristo é o Senhor (Rm 14.11-12). Porém esse gesto e essa palavra não indicam
que todos serão salvos. As mesmas Escrituras que anunciam a apoteose que
está para vir anunciam também o advento do chamado “dia do juízo”, ao qual
Jesus se refere várias vezes (Mt 10.15; 11.22, 24; 12.36), antes mesmo de
proferir o sermão profético (ou escatológico), que aparece no final do
Evangelho Segundo Mateus (25.31-46).
Aos filósofos epicureus e
estoicos de Atenas, Paulo teve a coragem de declarar que Deus “estabeleceu um
dia em que há de julgar o mundo com justiça [uma referência ao dia do juízo],
por meio do homem que designou [uma referência a Jesus Cristo]”. O apóstolo
ainda acrescentou: “E [Deus] deu provas disso a todos, ressuscitando-o dentre
os mortos” (At 17.31).
Depois de recordar uma série
de juízos menores, em relação ao juízo final, como o dos anjos que pecaram, o
do mundo antigo na época do dilúvio e o de Sodoma e Gomorra, o apóstolo Pedro
afirma que Deus sabe separar os piedosos dos demais e “manter em castigo os
ímpios para o dia do juízo” (II Pd 2.9).
O “juízo do grande dia” não
absolverá todo mundo. Antes, esse soleníssimo dia fará justiça;
separará o trigo do joio (Mt 13.40-43), os peixes bons dos peixes ruins (Mt
13.49-50), as virgens prudentes das virgens insensatas (Mt 25.1-13), o servo
bom e fiel do servo mau e negligente (Mt 25.28-30), as ovelhas dos bodes (Mt
25.31-46), os justos dos ímpios (II Pd 2.9), os crentes dos incrédulos, os
eleitos dos não eleitos, os salvos dos perdidos.
Então, é razoável que se
questione por que as Escrituras declaram que todo joelho se dobrará diante do
Senhor, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confessará que Jesus
Cristo é o Senhor.
A resposta é muito simples – o
mundo inteiro fará isso porque não há outro caminho. Por causa da autoridade
inegável e irresistível de Jesus Cristo, porque todos os esforços conjuntos
para despedaçar as correntes que os prendem a Deus foram ridículos e inúteis o
tempo todo, conforme conta o famoso Salmo 2. As nações beijarão o Filho não por
amor, mas por causa de sua ira, de seu governo, de sua majestade, de seu poder,
de sua autoridade (Sl 2.12).
Fonte: revista Ultimato Maio junho 2013 – Edição 342.
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