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terça-feira, 23 de abril de 2024

Como se conduzir na caminhada

 

Texto Áureo – Cl 4.5 - “Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo”.

Verdade Prática - A jornada para Céu deve ser feita com prudência e sabedoria num contexto de oposição a nossa maneira de viver.

Objetivos da Lição: 

I) Apontar o padrão de conduta cristã descrito na Palavra de Deus;

II)Explicar que a caminhada cristã deve ser conduzida com prudência e sabedoria;

III) Advertir qual deve ser o comportamento do crente frente aos dias maus.

Introdução

1.Na jornada da fé o Pai Celestial estabelece o padrão de conduta rumo à vida eterna.

2.Como evidência do seu amor e cuidado, o Pai nos corrige na jornada cristã. Amor sem disciplina é falso, não verdadeiro.

3.O maior desafio da fé cristã consiste em viver neste mundo de modo santo, justo e agradável a Deus. 

I. O Padrão de Conduta na Caminhada Cristã

1.O vocábulo padrão - Expressa uma norma determinada por consenso, ou por uma autoridade oficial, que se torna base de comparação e modelo a ser seguido.

Em João 13.15 disse Jesus: “Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também”.

2.Jesus, ora se portava como Deus, ora como servo, ora como filho, para em tudo servir de exemplo, uma vez que era Deus e homem ao mesmo tempo. E sempre fazendo a vontade do Pai (Jo 4.34;6.38;17.4).

3.Para o viver na casa de Deus e fora dela, e almejar o céu vale a “Lei de Ouro” ensinada pelo nosso Senhor: “tudo o que vós quereis que os homens vos façam fazei-lho também vós” (Mt 7.12).

Rm 13.10 – “O amor não faz o mal ao próximo, portanto o amor cumpre todas as exigências da lei de Deus” – NVT.

Uma vida cristã bem-sucedida - O cristão possui um padrão que o levará a uma vida espiritual exitosa. em Cristo Jesus temos esse padrão e modelo. Ele foi resiliente, equilibrado e ilustre até a morte.

I Jo 2.6 – “Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou”.

Seja Cristo o nosso referencial - Andar, do grego ‘periepatesen’, uma palavra que transmite uma imagem do ‘modo de vida’. Que andemos como Ele andou.

Distinguindo aspectos da Vontade de Deus com discernimento:

Soberano – Por ele Deus rege a sua criação com leis universais e mantém tudo no devido lugar em perfeito funcionamento. Algumas avarias é o que homem tem causado à natureza, ao seu habitar. A soberania de Deus é sempre intocável, inviolável.

Permissivo – Segundo Tg 4.13-16, é presunçoso projetar o futuro sem considerar Deus no amanhã de nossa existência. Isso é vaidade. Por outro lado, a exegese do texto não nos permite afirmar que tudo que acontece no mundo dos humanos, de bom ou de ruim, seja pela vontade permissiva de Deus. É comum essa generalização antibíblica.

Na vida do cristão ou não, quando envolve propósitos divinos, Deus intervém na vontade humana para dá direcionamentos sem, contudo, violar o seu livre arbítrio. Assim foi com Paulo em seu ministério.

Moral – Neste aspecto está o segredo de sermos bem ou mal sucedidos no existencial, como na jornada da fé. Deus tem um padrão moral para o homem. Os sofistas falsearam a verdade, afirmando que “O homem é a medida de todas as coisas”. A violação da vontade moral de Deus é a tragédia da Humanidade.

É esse o aspecto da vontade divina em foco na lição 4.

Dizia o teólogo Russell Shedd – Quando violamos princípios morais bíblicos sem nos arrependermos, a resistência moral diminui.

No aspecto da vontade perfeita (plena) – É que todos os homens sejam salvos e venham ao pleno conhecimento da verdade (I Tm 2.4). O texto é mantido no presente porque Deus não está no passado nem no futuro, está sempre no presente.

II. Fazendo a Caminhada com Prudência e Sabedoria

1. O que é prudência? 

a) No AT a palavra “prudência” tem conotação de compreensão, discernimento (Pv 9.9). Em provérbios 9.10, quando se diz que o justo “crescerá em prudência”, o termo traz a ideia de ensino, instrução e capacidade para ensinar.

b) No NT a palavra remete a algo que Deus derramou sobre nós, pela sua graça, “toda a prudência”, entendimento, conhecimento e amor à vontade de Deus (Ef 1.7-9).

c) Na prática prudência é uma virtude que nos permite agir com cuidado e moderação diante de situações desafiadoras; ela nos capacita para discernir entre as escolhas mais adequadas para fazer o bem. A prudência atua em sintonia com a sabedoria do alto.

Pv 16.16 – “Quanto melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro! E quanto mais excelente, adquirir a prudência do que a prata!”.

Em Tg 3.17 – A sabedoria do alto é pura, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.

2. Não andeis como néscios (Ef 5.15) – O adjetivo asophos traz a ideia de alguém insensato, tolo, ignorante e embotado (Lc 24.25).

a) O néscio reflete uma vida de ignorância espiritual, ausência de sabedoria e desprovida de luz divina; significa estar imerso numa jornada de pecados (Ef 2.2-3).

b) O sábio é diligente, cuidadoso, vigilante, tem temor ao Senhor e busca fazer a sua vontade.

A exortação paulina para o cristão é: “vede prudentemente como andais”. Enquanto o néscio é como os que andam presos à velha natureza, na carnalidade, jamais agradarão a Deus (Rm 8.8).

I João 2.15-17 - Deixa claro que os princípios que movem o mundo estão em conflito direto com Deus e com tudo o que Ele representa. 

3. Andeis como sábios! - Do grego sophós, uma pessoa hábil, perita. Esse adjetivo descreve em essência a vida do cristão dirigida pelo Espírito Santo. Ora, os que andam no Espírito, caminham na luz, na santidade e tem sabedoria (Ef 1.8; Cl 4.5).

João 8.12 - Os que seguem a Cristo, a luz do mundo, não andará em trevas, terá a luz da vida. E o faz distinguir entre o que deve ou não fazer. 

Russell Shedd: “Se as igrejas não forem reeducadas pela graça salvadora, no sentido de negar a impiedade e as paixões mundanas e se não nos dedicarmos a viver no presente século (aiõn) de maneira sensata, justa e piedosa (Tt 2.11), a luz se apagará”.

É relevante compreender que essa sabedoria não é humana, não surge de cursos acadêmicos; ela é espiritual, vem de cima (Tg 3.17).

Portanto, aprendemos em Pv 3.5-6 – “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas”.

III. Vencendo os dias Maus

1. Remindo o tempo (Ef 5.16) - O verbo remir do grego exagorázõ possui dois sentidos:

a) redimir, resgatar do poder de outro pelo pagamento de um preço; b) comprar para uso próprio.

2. Remindo o tempo e os cristãos primitivos – Tinha o foco na iminência da segunda vinda do Senhor Jesus (I Co 15.51). Remir o tempo era no sentido de se prepararem espiritualmente para aquele dia.

3. E hoje? Amados irmãos! Que não percamos tempo com coisas banais; antes, precisamos viver de maneira sábia, santa e piedosa, pois o Senhor Jesus pode voltar a qualquer momento (I Ts 4.15).

4. Os dias são maus (Ef 5.16) – Essa expressão revela que estamos inseridos numa sociedade dominada pelo pecado, que pode tomar e tornar o nosso tempo infrutífero e nos levar a prática do mal.

Rm 12.21– “Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem” (NAA).

Portanto, com a expressão “remindo o tempo”, o apóstolo Paulo nos ensina a administrarmos o tempo presente de maneira proveitosa e sábia no contexto deste mundo, apesar dos dias maus.

I Jo 5.19 – “Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno”.

Conclusão

1.Precisamos seguir o padrão divino, isto é, as normas determinadas pelo Pai, que estão inseridas em sua Palavra.

II Tm 3.16-17 – “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,17 a fim de que o servo de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”.

2.O crente deve fortalecer a sua vida espiritual para lidar com as adversidades dos dias maus. E não perder o foco em Cristo.

3.A vontade moral de Deus é a base do caráter cristão, que nos guia a prática do bem para com todos, repudiamos o mal e por ela nos santificamos até nos encontrarmos com o Senhor face a face. Amém!

Fontes da Pesquisa:

Lição CPAD/EBD – 2º trimestre de 2024.

Bíblia Sagrada.

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 22.04.2024.

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