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domingo, 21 de abril de 2024

Céu - O destino do cristão

Texto Áureo - “Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.” (Fp 3.20).

Verdade Prática - O crente deve viver a vida cristã com a mente voltada para o céu como sua legítima esperança.

Introdução

1.Estudaremos o céu na perspectiva bíblica como morada eterna reservada para os salvos em Cristo.

2. A descrição do Novo Céu em Apocalipse 21 e 22.1-5.

3. A eternidade com Deus, requer: Perseverança na fé, renúncia às práticas desde mundo vil e bom ânimo diante dos embates da jornada.  Não basta ter ânimo, precisa ser de qualidade.

4. Cuidado! Existem “doutrinadores cristãos” negando a realidade do céu e do inferno. Dizem que não são lugares reais no mundo espiritual. Ensinam se tratar de um estado imaginário do ser, apenas uma perspectiva ontológica, a realidade do ser e sua essência. É Aristotelismo filosófico. É metafísica sem Teologia Bíblica.

5. Onde e como terminará a carreira da Fé Cristã? No céu de glória com Deus e o Cordeiro.

I – Céu – o Alvo de Todo Cristão

1. O vocábulo céu – Do hebraico shamayim, que significa céu, céus (Gn 1.1), aparece 419 vezes no Antigo Testamento.

2. O termo grego ouranós, céu (Mt 3.2; Ap 21.10), aparece 280 vezes no Novo Testamento.

3.Na língua portuguesa, a palavra shamayim foi traduzida por “altura”; e o grego ouranós, como “algo elevado”. E se referem a três regiões celestiais distintas:  

a) O primeiro céu (inferior): É o céu atmosférico, onde sobrevoam as aves e os aviões; onde passam as nuvens, desce a chuva e se processam os trovões e relâmpagos: “Ele é que cobre o céu de nuvens, que prepara a chuva para a terra e que faz produzir erva sobre os montes” (Sl 147.8; Dt 11.11,17; 28.12,24).

b) O segundo céu (intermediário): É o céu estelar ou planetário, chamado também de céu astronômico: “E disse Deus:

Haja luminares na expansão dos céus [...]” (Gn 1.14; ver Gn 15.5; Sl 33.6; Jr 10.2; Hb 1.10).

c) O terceiro céu (superior): Este céu é o ponto central do nosso estudo. Podemos chamá-lo de “céu dos céus” por estar acima de todos (Ne 9.6; Jo 3.13). O Senhor Jesus mencionou, muitas vezes, em suas pregações e ensinos (Mt 5.12,16; 6.1,9,10; 7.21; 8.11; 10.32,33). O apóstolo Paulo denominou de “o Paraíso” (II Co 12.2-4),

4. O Céu é o alvo do cristão – Paulo nos ensina que prossegue para o alvo, como um atleta que tem uma linha chegada, um prêmio a alcançar (I Co 9.24; II Tm 4.8). Persigamos o prêmio com determinação, liberdade, empenho e os olhos fixos no Autor da Salvação (Hb 12.2).

Todo cristão na esfera do reino, tem uma vocação celestial enquanto peleja pela fé na caminhada.  

Em Ef 2.19, a expressão a “nossa pátria está nos céus” sintetiza bem essa nova realidade (Fp 3.20). E então, temos cidadania celestial.

Enfim, o céu é identificado como o lar dos salvos em Cristo Jesus, onde temos um destino assegurado e lá estaremos para sempre com o Senhor (I Ts 4.17; Ef 1.3,20; 2.6). 

II. A Descrição do Novo Céu em Apocalipse 21 e 22.1-5.

1. O novo céu e a nova terra - O apóstolo João diz que o primeiro céu e a primeira terra passaram, o mar não existe mais. Um novo ecossistema.

O céu e a terra que conhecemos dará lugar a uma nova Criação.

a) Isaías profetizou a criação de novos céus e nova terra (Is 65.17);

b) Em Apocalipse o adjetivo grego kainós (novo), traz a ideia de novo com respeito à forma; fresco, recente, não usado, um novo céu é um lugar sem precedente, incomum e desconhecido. É algo que não temos a capacidade nem de imaginarmos.

c) Em II Pd 3.13, ele confirmou essa promessa: “Mas nós, segundo a sua promessa aguardamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça”. Um lar completamente redimido, pois o Senhor Jesus declarou: “eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21.5).

2.A linda cidade, a Nova Jerusalém - (Ap 21.2) – Conforme o NT, a Nova Jerusalém pode ser descrita como a morada de Deus, a pátria dos salvos, lugar em que os santos habitarão com Ele (Hb 12.23; Gl 4.26; Fp 3.20).  E ali a glória de Deus a iluminará, e o Cordeiro será a sua lâmpada (Ap 21.22,23).

Então, Apocalipse 21 refere-se ao Novo Céu, composto da Nova Jerusalém, a Nova Cidade - A morada da Igreja, isenta de toda a pecaminosidade da queda (Ap 21.3), onde a bem-aventurança eterna será desfrutada pelos santos para todo o sempre.

Ap 21.3 – “Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus”.

Conforme Hb 12.22, chegaremos “ao monte de Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial”.

Deus tem preparado a Nova Jerusalém, que um dia descerá do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido (Ap 21.2; 3.12). 

Na Cidade Santa estará o trono de Deus e do Cordeiro. E reinarão para todo o sempre (Ap 22.1,3-5).

III. O Céu: O Fim da Jornada Cristã

1.O céu não é um lugar místico nem um conceito filosófico. O céu é um lugar real, onde Deus habita; de onde Jesus veio para tomar forma humana, e para lá voltou, após a sua ressurreição. E de onde Ele voltará, para buscar a Sua igreja. Vejamos como a Bíblia informa a natureza do céu:

a) O Céu é um lugar real, não um lugar imaginário – Um lugar onde a igreja estará para sempre com o Senhor (I Ts 4.17). Jesus descreveu o céu como um lugar onde existem muitas moradas (Jo 14.1-3);

b) O Céu é um lugar de enormes proporções - As testemunhas de Jeová afirmam que apenas 144 mil irão para o céu. Entretanto, João teve a visão, na ilha de Patmos, dos mártires na glória, e escreveu: “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos” (Ap 7.9). Se João descreve os mártires da grande tribulação como: “uma multidão, a qual ninguém podia contar”, imagine o que será a igreja, em sua totalidade.

c) O Céu é um lugar indescritível - Apesar das muitas referências bíblicas sobre o céu, não é possível descrevê-lo por completo, pois a linguagem humana é pobre para descrever a sua beleza e sua realidade espiritual. O apóstolo Paulo diz que “[...] as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam” (I Co 2.9).

2.As lágrimas cessarão - Lágrimas simbolizam a tristeza, o sofrimento, as tragédias humanas e outros diversos males que não terão lugar nessa nova realidade de vida, pois todas as primeiras coisas serão passadas (I Co 15.26,54; Is 61.3; 65.19).

A realidade humana na história traduzida em poucas palavras: Desobediência, injustiça, incredulidade, juízos, malignidade, ausência de amor, sangue, violência, morte, lágrimas e sofrimento. E tudo isso é completamente contrário ao que Deus almeja para o homem criado à sua imagem e semelhança, a coroa da sua Criação.

A Criação, o mundo físico, será redimido - Paulo escreveu a respeito da redenção do mundo material (Rm 8.21). Será inteiramente mudado e livre de toda a degradação causada pelo pecado. E ficará isento de todos os fatores negativos e nocivos que assolam a Humanidade.

3. O Céu como repouso eterno - A expressão “repouso” nada tem a ver com tédio, pois no Céu haverá constante atividades: adoração (Ap 19.1-8); serviço (Ap 22.3); ilimitada aprendizagem (I Co 13.12). Trata-se de uma dimensão completamente distinta do que conhecemos atualmente. 

Conclusão

1.Para se viver a esperança celestial é preciso nascer de novo, viver em Cristo (Jo 3.12).

2.Deus colocou a eternidade (hb. olam) na consciência humana. Daí, o anseio inato da alma desejar se perpetuar (Ec 3.11).

3.Ao estudarmos acerca dos céus, a eternidade com Deus, ainda que carregada de muitos mistérios, o pouco que compreendemos só discernimos espiritualmente (I Co 2.14).

4.Portanto, prossigamos na jornada para o Céu de glória, na adoração e serviço, pensando nos valores eternos, seguindo os ditamos da Palavra de Deus.

Fl 1.22-23 – Parafraseio Paulo: Vivendo neste mundo material, produzia para Deus no seu Reino, enquanto tinha desejo de partir e estar com Cristo, porque era muito melhor. Que segurança em Deus!

II Tm 4.7-8 – “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”. Amém!

Fontes da Pesquisa:

Lição CPAD/EBD – 2º trimestre de 2024.

Bíblia Sagrada.

RBC1 – ADPE.

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 21/04/2024.

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