Texto
Áureo – II Tm 4.2 – “Que
pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas,
exortes, com toda a longanimidade e doutrina”.
Verdade
Prática – Pregar a Palavra de
Deus é a sublime missão da Igreja. É por intermédio do Ministério da Palavra
que vidas são salvas, transformadas e edificadas.
Introdução
1.Veremos que a pregação, o discipulado,
o ensino da Palavra de Deus é o que traz formação ao povo de Deus.
2.É pelo Ministério da Palavra
que a Igreja é edificada e moldada pelos valores do Reino.
3.Uma Igreja onde a Palavra de
Deus não tem a primazia (At 6.1-4), tanto na ação evangelística quanto na
discipuladora, é uma Igreja fraca.
4.Para ter êxito o Ministério
da Palavra na Igreja precisa ser bíblico e cristocêntrico, sendo o Cristo, o tema
central nas Escrituras.
Objetivos da Lição
I) Apresentar o Ministério da Palavra
e seu propósito;
II) Enfatizar a importância do
Ministério da Palavra;
III) Explicitar a
fundamentação do Ministério da Palavra.
I. Ministério da palavra e seu
Propósito
1.A pregação como proclamação – O
verbo grego kerysssô, traduzido como “proclamar”, é usado no sentido de
que a pregação tem o propósito de revelar Deus às pessoas, trazer o
conhecimento de Deus (Mt 3.1; 4.23; Lc 4.18; At 8.5; Rm 10.8).
Então, o propósito mais
sublime do Ministério da Palavra está no fato de ele revelar Deus às pessoas.
Em At 16.14, narra que enquanto
Lídia ouvia a pregação feita por Paulo, o Senhor abriu-lhe o coração.
“De sorte que a fé é pelo
ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10.17).
A pregação do Evangelho é mais
do que uma simples exposição de ideias, mais do que um discurso inflamado, é o canal
pelo qual Deus se revela aos homens.
2. A pregação como instrução - As
pessoas que foram alcançadas pela Palavra pregada precisam crescer e amadurecer
no Evangelho, ou seja, necessitam ser discipuladas, instruídas.
Mt 4.23 - “E percorria Jesus
toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas”.
Mt 5.2 – No sermão do Monte,
Jesus também “ensinava aos seus discípulos”.
Em At 18.11, registra que o
apóstolo Paulo gastou grande parte de seu tempo ensinando os crentes.
Paulo exortava que se alguém
que tivesse pretensão ministerial que fosse “apto para ensinar” (I Tm 3.2).
II. O Ministério da Palavra e
sua Importância
1. Na edificação da Igreja - O
Espírito Santo atua pelo Ministério da Palavra, conforme I Ts 2.12, com
exortação, consolo e admoestação. E segundo Pr Hernandes D. Lopes:
Exortar (I Ts 2.12ª) – Não é dar carão nas pessoas - Traz a ideia de estar do lado
para encorajar. O bom líder é aquele que equilibra disciplina com
encorajamento. Ele ministra a vara e também ministra o amor. Tem firmeza e
doçura. Ele produz, faz discípulos, dentro e fora do templo.
Consolar (I Ts 2.12b) – Não é se condoer, ter
pena de alguém passivamente. O ato de
consolar está ligado à ação, a atitudes. Não é apenas fazer o consolado se
sentir melhor, mas encorajá-lo a fazer algo, de modo a mudar a situação, a
realidade do consolado.
Admoestar (I Ts 2.12c) - Vem do grego
nouthesia, que significa confronto. O papel do líder seja pai, ou um pastor não é todo o tempo estar
agradando as ovelhas, os liderados. O seu dever é preparar as pessoas para o
agora e para a vida eterna. E sendo assim, um pai responsável confronta os
filhos, um pastor as suas ovelhas, ainda que os leve, às vezes, às lágrimas,
incomodando-os para se corrigir e mudar de comportamento, quando necessário.
Paulo solicitando a Timóteo
que persistisse em ler, ensinar a Palavra e “exortar” (I Tm 4.13).
Lucas, em At 9.31 – Destacava que
a Igreja andava na “consolação do Espírito Santo”.
2. Formação de valores - A
pregação da Palavra é determinante para formação da consciência do cristão e no
enfrentamento de uma cultura ideológica sem Deus, contra a Fé Cristã.
Em linha apologética, com
fundamentos bíblicos, a Igreja precisa mostrar, com boa didática, sua forma de
pensar, crer e agir, formando e difundindo a sua cosmovisão, isto é, sua visão
de mundo.
Paulo, aos crentes da Igreja
em Roma exortou-os a não se conformarem com aquela presente era (Rm 12.2). E
foi a cerca de 2 mil anos. Que dirá hoje...
3.Para realçar a relevância da
Palavra na vida Igreja, reflitamos:
Hoje na Igreja, em razão das
muitas atividades eclesiásticas, é frequente o tempo para Palavra ficar espremido,
apertado no culto.
Uma pergunta sensível: Está a agenda da Igreja, batendo ou concorrendo com a do Reino de Deus?
O Reino de
Deus é mais amplo do que a Igreja, enquanto a Igreja é a maior expressão do Reino na Terra.
III. O Ministério da Palavra e
sua Fundamentação
1. Deve ser cristocêntrica - Jesus
mostrou aos discípulos no caminho de Emaús, Ele era o centro da Lei e dos
Profetas, e o que dele foi escrito estava se cumprindo em Jerusalém (Lc 24.27).
A Bíblia diz que “descendo
Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo pelas Escrituras” (At 8.5).
Qual foi a finalidade do
Evangelho de João? Mostrar que Jesus era o Verbo Divino e Filho de Deus.
João 20.30-31 – “Jesus, pois,
operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não
estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que
Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”.
Apolo era conhecido por sua
eloquência e capacidade de mostrar que o Cristo prometido nas Escrituras era
Jesus de Nazaré:
Atos 18.28 - “Porque com
grande veemência convencia publicamente os judeus, mostrando pelas Escrituras
que Jesus era o Cristo”.
2. Deve ser bíblica – Vivemos
um tempo em que a pregação em muitos lugares virou um modismo. Parece que temos
“pregadores” em demasia, mas há pregações sem consistência bíblica.
Em geral, a pregação hodierna na
IEB tem mensagens de:
a) autoajuda com um verniz de
pregação - Mensagens atraentes que só visa transmitir bênçãos ao ego
do ouvinte. Palatável ao indivíduo consumidor da fé gospel.
b) São gurus com marketing religioso
muito afinado. Mas, não há na ministração exposta conteúdo
bíblico consistente.
c) Fala e faz da piedade, um objetivo
financeiro e material. O deus deles é o consumismo de coisas (Fp
3.19; I Tm 6.5-6).
d) A ausência do combate ao
pecado – O chamado a uma vida separada do mundo e dedicada a Deus
são esquecidos.
Todavia, “...O Senhor conhece
os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da
iniquidade” (II Tm 2.19b).
e) É uma mensagem sem cruz (Gl
6.14) - Sem conversão, sem frutos dignos de arrependimento (Jo
15.2,16; Mt 3.8).
As Escrituras confronta as
oposições do passado e as presentes. E permanece sendo o que escreveu o
escritor aos hebreus:
“Porque a palavra de Deus é
viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra
até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para julgar
os pensamentos e propósitos do coração. E não há criatura que não seja
manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e
expostas aos olhos daquele a quem temos de prestar contas (Hb 4.12-13 - NAA).
Conclusão
1.Da exposição desta lição 12,
constatamos que a Igreja precisa e deve da primazia ao Ministério da Palavra
onde se reunir.
2.A Igreja Cristã não pode
prescindir, renunciar à pregação genuinamente bíblica que reflita os valores do
Reino de Deus.
3.Como não há atalhos para
santificação, também não tem como seguir a Cristo, a verdade que liberta e
salva, distante das Escrituras.
4.Numa cultura cada vez mais
hostil à fé cristã, a Igreja persistirá em proclamar com firmeza e fidelidade a
mensagem do Reino sob a autoridade da Palavra de Deus.
Fontes da pesquisa:
Lição EBD/CPAD – 1º trimestre
de 2024.
Bíblia Sagrada
Por Samuel Pereira de Macedo
Borges
Natal/RN, 21/03/2024.
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