ANOTAÇÕES SOBRE OS LIVROS APÓCRIFOS
Apócrifos que dizer oculto, falso, sem identidade. A denominação apócrifos se dá comumente aos escritos produzidos no período interbíblico, ou seja, no silêncio divino. Dos 14 discutidos no Concílio de Trento(1545-1563), a Igreja Romana aceitou 11, que foram por ela canonizados, em 18.04.1546, para combater os protestantes.
Os onze são: Tobias, Judite, sabedoria, Eclesiástico, Baruque 1 e 2 de Macabeus e mais quatro acréscimos. Ao livro canônico de Ester(adição a Ester), ao livro de Daniel(Cântico dos três santos, História de Suzana - Cap.13) e Bel e o Dragão - Cap. 14).
Os três rejeitados naquele Concílio foram: 3 e 4 Esdras e a Oração de Manassés.
Sete razões porque os livros apócrifos não são canônicos:
1) Porque depois do profeta Malaquias, cessou o espírito profético em Israel(povo guardião dos oráculos divino) e houve silêncio da parte de Deus por quatro séculos.
2) Porque os judeus não os admitiram no Cânon do Antigo testamento e até hoje, não os admitem.
3) Porque nunca foram citados por Jesus Cristo ou pelos apóstolos como inspirados ou como fonte de doutrinas.
4) Porque a igreja primitiva e os Pais Igreja do primeiro século nunca reconheceram a canonicidade deles, embora recomendassem a sua leitura.
5) Porque existem em tais livros opiniões divergentes da divina, além de contradições e erros, falsidades, contos e lendas.
6) Porque não trazem a marca de Deus. Em Nenhum lugar alegam autoridade ou inspiração divina, peculiaridade que é própria das Escrituras.
7) Porque foi simples e unicamente a tradição dos homens que os inspirou.
ANOTAÇÕES SOBRE O CÂNON SAGRADO
A palavra Cânon significa cana, cana de medir(Ez 40.3), medida oficial. A coleção inteira dos livros encerrados na Bíblia é também chamada de Cânon ou Escrituras Sagradas. O Cânon do Antigo Testamento foi reconhecido e fixado em 90 d. C., em Jânnia, na Palestina, depois de muitos debates. A divisão em 39 livros do AT e 27 livros do NT, de nossas Bíblias, vem da Septuaginta, através da Vulgata Latina. A Septuaginta foi a primeira tradução da Escritura, feita do hebraico para o grego, em cerca de 285 a C.
Os Concílios Eclesiásticos não deram aos livros sua autoridade divina, mas tão-somente reconheceram que eles a possuíam e a exerciam. Cada livro canônico irradia por si mesmo a sua autoridade divina.
Fonte Bibliográfica:
Coleção Ensino Teológico - Bibliologia - 1987 - Nicodemos de Souza
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