Pesquisar

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Judas Iscariotes, o Filho da Perdição - João 17.12



Teria Judas Iscariotes sido predestinado para ser o traidor do seu mestre por força do que estava escrito (Mt 26.24-25), e guia daqueles que prenderiam a Jesus (At 1.16), no curso final do seu ministério terreno? E levado a julgamento e a condenação na rude cruz?

A profecia não predestinara quem seria o traidor, e nem o isentaria da sua culpa. A profecia revelava o evento futuro, cujo fato viria acontecer no ministério terreno de Jesus. Realça sim! A Presciência Divina.

Nos evangelhos vemos a descrição do mau caráter que era Judas Iscariotes, ao ponto de Jesus o definir como o Filho da Perdição (João 17.12).

João 6.70-71 – Judas, sendo um entre os doze discípulos escolhidos, tristemente, se deixou ser usado pelo diabo.  Estava dentro de uma chamada específica (Lc 6.12-16;João 15.16; At 1.17), comporia mais tarde o colégio apostólico.

A lição maior: Todos temos responsabilidade com a nossa vida cristã, na adoração, no testemunho e serviço diante de Deus. Quem tiver uma chamada pessoal, saiba que envolve maior responsabilidade. A quem mais for dado, mais se cobrará. Judas, mesmo aprendendo aos pés de Jesus, o mestre dos mestres, nada lhe aproveitou.

João 12.4-6 – Judas era um homem de personalidade leviana, e como tesoureiro do grupo (João 13.29, 30), roubava dinheiro da tesouraria dos discípulos. Era um indivíduo falso, enganador e ganancioso.

Judas Iscariotes era um sujeito dissimulado. Diante do anúncio de Jesus de que havia entre eles um traidor, foi tão frio a ponto de dizer: “Porventura sou eu, Rabi?” (Mateus 26.25). E Jesus ratifica: “Tu o disseste”.

Mateus 26.14-16,21 - Judas, o traidor vendeu Jesus aos príncipes dos sacerdotes, a preço de um escravo (Êx 21.32. Zc 11.12), por trinta moedas de prata. E buscava ocasião para o entregar.

Lucas 22.47-48 – Judas ainda teve a frieza de identificar Jesus com o beijo da traição, para aqueles que o foram prender.

A frase dirigida a Judas, por Jesus, no Getsêmani, “amigo há que vieste?” (Mt 26.50), foi o último aceno de misericórdia em seu favor. Porém, ele seguiu o seu coração tomado pelo diabo (Mt 26.24; Lc 22.3-6; Jo 13.2, 26,30).

Mateus 27.1-5 – Judas reconheceu a sua traição após Jesus ser condenado pelo Sinédrio Judaico. O texto em português registra que houve arrependimento, mas sua atitude de ser enforcar revela mais remorso do que arrependimento. Certamente não houve em Judas tristeza segundo Deus, para um arrependimento eficaz (II Co 7.10). 

Em Mateus 27.3 – METAMELOMAI (grego) - Significa mudança de afeição de alguém, pesar, e vem sempre acompanhada com o sentimento de tristeza. É mero remorso e lamentação.

Tamanha foi a gravidade de sua culpa na traição de Jesus que também ficou escrito: “Ai daquele homem por quem o Filho do Homem é traído! Bom seria para esse homem, não haver nascido” (Mt 26-24b).

Atos 1.18,25 – Assim, terminou Judas Iscariotes, optando pelo galardão da iniquidade, desviando-se, seguiu o caminho tortuoso que escolhera. E, portanto, não foi um jogo de cartas marcadas. 

Efésios 4.27 – Mais tarde Paulo escreveria essa advertência, que serve para todos nós: “Não deis lugar ao diabo”, pelo contrário, também recomenda Tiago 4.7 – “Sujeitai-vos, pois, a Deus: Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. 

Pb. Samuel P M Borges
Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN – Abril 2020





Nenhum comentário:

Postar um comentário

INCLUIR COMENTÁRIO!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...