Vejamos os pontos que seguem:
Rm 9.15-16 – A verdade
central destes versículos é que a iniciativa para exercer misericórdia é de Deus,
livre em absoluto, na sua ação de compaixão transbordante sem nenhum merecimento
humano, e muitos menos sem nenhuma pressão externa ou interferência de quem
quer que seja, e assim age Deus quando exercita a misericórdia pelos os homens
caídos e destituídos da sua glória (Rm 3.29), sem discriminação (At 10.34-35; Rm
2.11). No texto ora comentado, não se pode cogitar um grupo para céu e outro para inferno.
De modo que, sendo Deus
Soberano, são livres suas atitudes de misericórdia, como as de juízo, pautadas na sua equidade (Pv 16.2).
Não existe nas suas
ações de Graça (Favor Imerecido), bem como nas de Misericórdias (por elas, evita
cair sobre nós o que merecemos), nenhum mérito humano (Ef 2.8-9; Lm 3.22).
E pela lei, Deus deixou
clara a incapacidade do homem se salvar pelos seus méritos (Rm 3.19-20).
Deus tem prazer em exercer
misericórdia (Mq 7.18). É grande a sua misericórdia (Sl 145.8-9; Jn 4.2). Riquíssimo
em misericórdia (Ef 2.4).
Êxodo 20.5-6 – Entre
exercer correção, juízo divino, proporcionalmente, Deus está mais propenso a
exercer a misericórdia.
A redenção da humanidade
foi Deus quem a projetou, e portanto é de cima, não debaixo para cima (Gn 3.15;
Jn 2.9b;Lc 3.6). E o plano está em plena execução (Jo 5.17; 14.25-26; 15.8; At
1.8).
A coroação e a
abrangência da misericórdia de Deus está no fecho em Rm 11.32, quando se
afirma que a todos encerrou debaixo da desobediência para usar de misericórdia,
impulsionado pelo seu grande amor e provado (João 3.16; Rm 5.8). E quanto a
Cristo foi tamanho amor, que se traduziu em paixão no calvário, provando a
morte por todos os homens (Hb 2.9).
Enfim, importa aos
homens se arrependerem (At 17.30-31), sem acepção de pessoas (At 10.34-35; Rm
2.6-11), a sua graça se manifestou salvadora a todos os homens (Tt 2.11),
mediante a fé (Mc 16.15-16; Ef 2.8), no cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo (Jo 1.29).
E portanto, quando Deus
pratica a sua misericórdia:
O faz deliberadamente.
Não a merecemos. Diz o profeta, as suas misericórdias são a causa de não sermos
destruídos/consumidos (Lm 3.22)
A misericórdia é
própria de Deus. Os homens, em geral, são sem misericórdia (II Sm 24.14).
O seu caráter é justo,
reto e benigno (Is 63.7; Sl 145.9), jamais exercerá misericórdia
arbitrariamente, torcendo a sua justiça.
Enfim, está escrito: Tg
4.6b “...Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes”.
Pb. Samuel P M Borges
Natal RN – Abril 2020
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