Esaú procedeu mal e desprezou o direito de primogenitura (Dt 21.15-17) por um prato de lentilha (Gn 25.29-34). E Deus o aborrece e passa trabalhar seus propósitos eternos na pessoa de Jacó, o qual tinha um caráter fraco, e com ajuda da mãe, recebeu a bênção da primogenitura, oficiada pelo Pai Isaque. E feita a oração, não podia mais revogar (Gn 27.33-35). Jacó também não tinha mérito nenhum. Até porque não existem vasos, instrumentos humanos perfeitos para serem usados por Deus. Ele trabalha com os imperfeitos mesmo. E a glória é toda Dele, ontem, hoje e sempre.
Gn 25.29-34 – O pecado e erro de Esaú foi não valorizar o seu direito de primogenitura (Dt 21.15-17). E como tinha valor espiritual, foi considerado profano (Hb 12.16-17). E este mesmo pecado o povo cometia nos dias de Malaquias por não considerar o sagrado (Ml 1.2-3,7,12). Daí, veio à tona a figura do profano Esaú, naquele momento da história de Israel.
Portanto, considerando todo o contexto do Livro Sagrado, não há espaço para se fazer uma exegese e defender uma eleição individual de cunho soteriológico, apontando um grupo para o céu e outro para o inferno. O que vemos é Deus na sua soberania, justo e reto (Dt 32.4), executando o Plano Redentivo, no meio de um povo escolhido e com chamada específica, dentro de seus propósitos eternos, para trazer o messias e salvador a todo aquele que desse crédito ao evangelho (Mc 16.15-16, Jo 3.16; I Tm 2.4).
Presb. Samuel P M Borges
Natal RN – Abril/2020 - Revisado em Maio/2021.
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